Transportes: aumentaram agressões a motoristas - TVI

Transportes: aumentaram agressões a motoristas

STCP (Lusa/EPA)

Alerta foi dado pela Comissão de Trabalhadores e os sindicatos da STCP. Dizem que é consequência da degradação do serviço prestado

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As organizações representativas dos trabalhadores da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) denunciaram hoje um aumento de agressões a motoristas e de atos de vandalismo contra autocarros, como consequência da degradação do serviço prestado.

Em comunicado, a Comissão de Trabalhadores e os sindicatos ligados à empresa alertaram que a taxa de incumprimento do serviço prestado pela STCP passou de 5% para 32%, reiterando o “défice brutal de motoristas, atualmente na ordem dos 130”.

De acordo com as estruturas representativas dos trabalhadores, a entrada de um novo diretor de operações veio impossibilitar a habitual “prestação de trabalho extraordinário”, o que tem tido “enormes” consequências, pelo que vão ser efetuadas queixas junto do Tribunal de Contas, aos municípios, ao Instituto da Mobilidade e dos Transportes e à Autoridade para as Condições do Trabalho.

“O serviço está cada vez mais degradado e os conflitos entre utentes e motoristas aumentam de dia para dia. Nas últimas semanas as agressões a motoristas dispararam significativamente, tendo três trabalhadores recebido tratamento hospitalar, tal era o seu estado”, referiu ainda o comunicado, que acrescentou que “os atos de vandalismo para com as viaturas aumentaram”.


A acompanhar o comunicado as organizações representativas dos trabalhadores da STCP divulgaram uma carta aberta ao Conselho de Administração da empresa, pedindo “medidas urgentes que visem a segurança e proteção dos motoristas no desempenho das suas funções nomeadamente nas linhas e serviços mais problemáticos, a proteção dos mesmos quanto a agressões, conflitos e insultos de que os mesmos têm vindo a ser alvo por parte dos utentes dos serviços públicos de transporte, em consequência da falta de motoristas para cumprimentos de todos os horários”.

A Lusa pediu uma reação à STCP, mas tal não foi possível em tempo útil.
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