Igreja Católica apela ao diálogo entre Governo e professores - TVI

Igreja Católica apela ao diálogo entre Governo e professores

Manifestação Professores

Bispos aprovaram carta pastoral «A Educação Hoje em Portugal» e pediram postura «pacífica e educada»

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A Igreja Católica apela ao «diálogo» entre os diversos parceiros da Educação, para ultrapassar as divergências que actualmente marcam o sector em Portugal, refere a Lusa.

Reunidos em Fátima, em Assembleia Plenária, os bispos aprovaram uma carta pastoral com o título «A Educação Hoje em Portugal», na qual é feita uma reflexão sobre «os problemas candentes» do sector, segundo disse hoje, em conferência de imprensa, o porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), padre Manuel Morujão.

Segundo o sacerdote, este documento já estava em preparação há cerca de um ano, mas na sua discussão em Fátima os bispos não passaram ao lado das questões que opõem o Governo aos professores e alunos, apelando a uma «cultura do diálogo, da abertura mútua».

Só assim, será possível «chegar às soluções que interessam a todos: professores, escolas, Governo, alunos e famílias», realçou.

E face aos actos que terça-feira marcaram a visita da ministra da Educação a Fafe, em que alunos de uma escola secundária atiraram ovos para a viatura em que se encontrava Maria de Lourdes Rodrigues, a mensagem dos prelados é que o diálogo terá de ser «pacífico e educado».

Quanto à carta pastoral, o padre Morujão adiantou que a mesma assenta no pressuposto de que «a Educação é transmissão de valores, código ético, ideal de vida, para além de conhecimentos técnicos», e o texto plasma a preocupação quanto ao papel das instituições do sector no sentido de uma melhor qualidade do ensino.

«Nem sempre as instituições do Estado facilitam o exercício que têm as escolas de educar bem: sucessivos programas, mal implementados, não convenientemente avaliados. Indistintamente de Governos de cores diferentes, as coisas têm acontecido nos últimos anos, o que dificulta a tarefa de todas as instituições educativas», disse o secretário da CEP.

Os bispos lamentam, também, as alegadas dificuldades que as famílias sentem na escolha das escolas, nomeadamente no que respeita à opção por estabelecimentos de ensino privados, que pretendem para os seus filhos.
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