Taxa de chumbos e desistências diminuiu quase 20% - TVI

Taxa de chumbos e desistências diminuiu quase 20%

  • Portugal Diário
  • 1 mar 2008, 09:52
Escola Basica do 2º e 3º ciclo Pedro D'Orey da Cunha (André Kosters/Lusa)

Dados do Ministério da Educação sobre ensinos secundário e básico

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A taxa de chumbos e desistências caiu no último ano lectivo em todos os ciclos do ensino básico e no ensino secundário, onde a diminuição atingiu quase os 20 por cento, segundo o Ministério da Educação (ME).

De acordo com dados do ME a que a Lusa teve acesso este sábado, este indicador relativo ao ensino secundário caiu 5,8 pontos percentuais entre os anos lectivos de 2005/06 e 2006/07, passando de 30,4 para 25,6 por cento, respectivamente, o que representa uma diminuição de 19 por cento.

Já no ensino básico, a taxa de retenção e desistência passou de 10,6 para 10,0 por cento entre 2005/06 e 2006/07, sendo que em 2004/05 situava-se nos 11,5 por cento.

Por anos de escolaridade, no 12º ano este indicador passou de 46,5 para 36,7 por cento no mesmo período, o que representa uma diminuição superior a 21 por cento. Em 2004/05, este valor situava-se muito perto dos 50 por cento (49,1).

No 10º ano este valor é substancialmente mais baixo, tendo passsado de 25,1 para 19,9 por cento. Já no 11º ano registou-se igualmente uma diminuição, de dois pontos percentuais, de 17,9 para 15,9 por cento.

No 1º ciclo do ensino básico, a antiga primária, a taxa de retenção e desistência tem vindo a diminuir desde o ano lectivo de 1996/97, quando se situava nos 10,8 por cento, estando em 2006/07 nos 3,9 por cento. No ano lectivo anterior era de 4,3 por cento.

No segundo ciclo (5º e 6º anos) a diminuição foi de apenas 0,2 pontos percentuais (de 10,5 para 10,3), enquanto no 3º ciclo (7º, 8º e 9º anos) este indicador caiu 0,7 pontos percentuais, situando-se nos 18,4 por cento.

No ensino secundário, numa análise comparativa, os cursos tecnológicos apresentam uma taxa de chumbos e desistências superior à dos cursos de carácter geral, de 28,7 por cento contra 23,7, respectivamente.

Analisando este tipo de cursos por ano escolar, esta taxa só é maior nos cursos de carácter geral no 11º ano (16,0), enquanto nos tecnológicos no mesmo ano de escolaridade este valor é ligeiramente inferior (15,3).

No ínicio deste ano lectivo, durante a assinatura dos primeiros contratos de autonomia, o primeiro-ministro, José Sócrates, tinha anunciado que a taxa de sucesso escolar no ensino secundário tinha subido dez por cento em relação ao ano anterior, sem adiantar mais pormenores.

«Em 2006/07, a percentagem de alunos que passaram no 10º e 11º ano e que concluíram o 12º ano foi muito superior à do ano anterior», afirmou José Sócrates.
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