Apesar das críticas, Saúde 24 tem «cumprido» - TVI

Apesar das críticas, Saúde 24 tem «cumprido»

Call-Center da Linha 24 horas

Empresa responsável responde a acusações de falta de rigor no serviço

A empresa responsável pela linha Saúde 24 garante que cumpre os níveis de serviço «excepcionalmente rigorosos» que foram traçados e que a sua taxa de eficácia é auditada por empresas independentes, na sequência de críticas ao serviço.

«A LCS actua no cumprimento de um contrato assinado com a Direcção-Geral da Saúde (DGS) para a prestação do serviço. O contrato estipula níveis de serviço excepcionalmente rigorosos e que têm sido cumpridos e ultrapassados», afirma a empresa num comunicado enviado à agência Lusa.

A linha Saúde 24 presta a sua actividade em regime de parceria público-privada, sendo a operadora a empresa Linha de Cuidados de Saúde, do Grupo Caixa Geral dos Depósitos.

Segundo a imprensa desta segunda-feira, oito supervisores do Saúde 24 escreveram uma carta à ministra da Saúde, denunciando o «caos organizativo» em que o serviço se encontra e decisões tomadas apenas para ganhar mais dinheiro. Na carta era ainda posta em causa a eficiência do serviço, nomeadamente apontando falhas no atendimento das chamadas.

No comunicado, a LCS - Linha Cuidados de Saúde diz que o índice de satisfação atingido é de «bom e muito bom», com níveis acima dos 95 por cento, valores «auditados por empresas certificadas e independentes».

Garantia de qualidade

Também a DGS já veio rejeitar as críticas de falta de eficácia e de «caos organizativo» do serviço do 808 24 24 24. «É natural que haja interesse da operadora em ter lucro. Nós, Direcção-Geral da Saúde (DGS), marcamos a diferença no cumprimento da qualidade do serviço público. Asseguramos que a qualidade e o interesse público estão acima de qualquer outro interesse», afirmou à Lusa o responsável da DGS pela linha, enfermeiro Sérgio Gomes.

Quanto às acusações de eventuais problemas nas transferências de chamadas da Saúde 24 para o INEM - Instituto Nacional de Emergência Médica -, o responsável da DGS admite que existem por vezes situações de «alguma dificuldade», que atribuiu a problemas do próprio INEM.

«Mas já promovemos a resolução dessas situações, com reuniões bilaterais. Há algumas dificuldades da parte do INEM, mas não apresenta dificuldades aos nossos utentes», refere Sérgio Gomes.

A carta dos oito supervisores denunciava ainda que os técnicos de farmácia que fazem aconselhamento de medicamentos na linha funcionam sem monitorização ou regulamento interno. A este crítica, a DGS responde que o aconselhamento terapêutico é «prestado por farmacêuticos e não por técnicos de farmácia», existindo um registo específico para identificar os contactos e o respectivo aconselhamento, que é alvo de monitorização.
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