Fenprof: pré-escolar obrigatório aos cinco anos - TVI

Fenprof: pré-escolar obrigatório aos cinco anos

Crianças [arquivo]

Para garantir uma efectiva igualdade de oportunidades no acesso à educação

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O primeiro-ministro anunciou terça-feira que o Governo vai fazer parcerias com as autarquias para alargar a rede do pré-escolar e atingir os 100 por cento de cobertura para as crianças de cinco anos em 2009, mas a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) quer mais: a obrigatoridade para as crianças com cinco anos.

Governo quer creches em todo o país até 2009

A ideia não é nova, já é defendida pela Fenprof desde 1998 e pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) em 2004, mas, explicou Júlia Vale ao PortugalDiário, numa altura em que o primeiro-ministro «ficou chocado» ao perceber como a oferta pública no pré-escolar é «muito má», vale a pena alertar que é preciso tornar o pré-escolar obrigatório para as crianças com cinco anos «porque estas não terão outra oportunidade».

«Só assim se contribuirá para uma efectiva igualdade de oportunidades no acesso à educação e serão criadas condições favoráveis ao sucesso nas aprendizagens ao longo da vida», afirmou a Fenprof em comunicado.

Esta federação de professores defende também uma generalização da oferta pública para os quatro e os três anos. Mas para isso acontecer, explica Júlia Vale, «teria de haver um grande investimento. E isso implicaria definir a escola pública como uma prioridade, que até agora nunca foi».

A Fenprof considera que o «alargamento da oferta pública no pré-escolar «deverá ser assegurado, essencialmente, através de establecimentos públicos integrados na rede do Ministério da Educação, pois só dessa forma se garantirá que todas as crianças, independentemente do seu extracto social, terão acesso a um Jardim de Infância público, gratuito e de qualidade», acrescenta.

Na terça-feira, o primeiro-ministro, a ministra da Educação, o ministro do Trabalho, e 25 autarcas das regiões metropolitanas de Lisboa e Porto reuniram-se para debater o assunto e, no final, Maria de Lurdes Rodrigues garantiu que naquelas áreas «vai ser preciso fazer um investimento que resolva os problemas das crianças com cinco anos».

Apesar de reconhecer que «não é possível identificar ainda o montante» necessário para concretizar o alargamento nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, a titular da pasta da Educação garantiu que «serão disponibilizados os recursos que forem necessários».
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