Funcionário ameaçou colegas e alunos com machado

A direcção da Escola EB 2,3 Leonardo Coimbra (filho), no Porto, está à espera há oito meses pelo resultado do inquérito ao funcionário que em Março ameaçou colegas, professores e alunos com um machado.

«Ele está aqui à espera que o seu processo se conclua», disse hoje à agência Lusa fonte da direcção da escola, confirmando que o funcionário «está a trabalhar normalmente».

Contactada também pela Lusa, a directora do Gabinete Jurídico da Inspecção-Geral da Educação (IGE), Paula Madeira, referiu que «o processo ainda está em curso e está numa fase final».

Paula Madeira afirmou que a decisão do inquérito será tomada pelo «membro do Governo com competência» na matéria. «Não há prazos concludentes, só prazos ordenadores», afirmou Paula Madeira, referindo-se ao tempo previsto na lei para conclusão de inquéritos disciplinares.

O Jornal de Notícias relata na edição de hoje que, em 09 de Março, um auxiliar dos serviços gerais da «Leonardo Coimbra», «então com 44 anos, envolveu-se num confronto com outros funcionários e responsáveis da escola».

«De repente, surpreendendo tudo e todos, recorreu a um machado para intimidar as pessoas. Chegou a partir alguns vidros, cujos estilhaços atingiram uma aluna de 12 anos», refere o JN.

Segundo o diário, o trabalhador foi suspenso 90 dias e gozou a seguir um mês de férias, acabando por regressar à escola «no início de Outubro». O JN afirma que este regresso provocou o «caos» na escola, tendo levado à demissão do vice-presidente do Conselho Executivo e a pedidos de transferência de alguns dos cerca de 500 alunos.