Oficiais das Forças Armadas: relatório do FMI revela «ignorância» - TVI

Oficiais das Forças Armadas: relatório do FMI revela «ignorância»

Força Aérea Portuguesa (arquivo)

Militares «têm demasiadas regalias», consta no documento

O presidente da Associação dos Oficiais das Forças Armadas considerou, esta quarta-feira, que o relatório do FMI sobre cortes nas funções do Estado, que defende que os militares têm pensões demasiado generosas, revela ignorância.

«Trata-se de um estudo que é sustentado na perfeita ignorância. É um diagnóstico que é feito completamente desfasado da realidade que é a de Portugal e das Forças Armadas e da própria segurança interna», disse à agência Lusa o coronel Manuel Cracel.

O Jornal de Negócios divulga hoje um relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI), encomendado pelo Governo português sobre o corte nas funções do Estado, no qual são propostas o aumento das taxas moderadoras, a dispensa de 50 mil professores e um corte em todas as pensões.

O documento indica também que há classes profissionais, entre as quais os militares, que «têm demasiadas regalias».

Na opinião de Manuel Cracel, os credores querem criar condições para que possam ter acesso àquilo que ao longo do tempo «muitos se encarregaram de contrair de forma criminosa».

Por isso, refere o presidente da AOFA, este relatório vem fazer considerações que de todo não se compaginam com a realidade que é a do país.

«Estamos a ser confrontados com afirmações deste teor, que é perfeitamente ignorante, numa altura em que na segurança quer no âmbito da defesa nacional quer interna estão a ser criadas condições (...) para um exercício com eficácia», concluiu.
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