O «pontapé de saída» da greve geral  (fotos) - TVI

O «pontapé de saída» da greve geral (fotos)

  • Portugal Diário
  • 29 nov 2007, 21:07
Lixo nas ruas da cidade (Nuno Veiga/Lusa)

Protesto com início marcado para esta sexta-feira arrancou em Évora

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A greve da Função Pública, convocada para sexta-feira, arrancou esta quinta-feira à noite em Évora, com a cidade a ficar sem recolha do lixo, depois de todos os funcionários daqueles serviços terem aderido à paralisação, segundo fonte sindical, noticia a Lusa.

«Das instalações do serviço de higiene e limpeza da Câmara de Évora não saiu nenhum carro de recolha do lixo, nem apareceu nenhum funcionário», disse à agência Lusa o coordenador regional de Évora do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL), António Luis dos Santos.

Segundo o mesmo dirigente sindical, aderiram à greve os cerca de 30 funcionários municipais que deviam ter iniciado a recolha do lixo nocturna às 20:00.

«A jornada de trabalho para a recolha nocturna do lixo no centro histórico de Évora decorre, diariamente, entre as 20:00 e as 3:00 do dia seguinte, serviço que hoje não se concretiza», disse.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara Municipal de Évora, José Ernesto Oliveira, apelou à «colaboração e compreensão» da população no sentido de evitar a acumulação de lixo nos contentores.

De acordo com o mesmo dirigente sindical, a recolha do lixo também ficará por fazer noutros concelhos do Distrito, como Montemor-o-Novo, Mourão, Mora, Arraiolos e Vendas Novas, onde o serviço se inicia às 4:00 de sexta-feira.

«Os funcionários municipais adstritos ao serviço vão aderir à greve», garantiu.

«Uma das melhores greves de sempre»

Na sexta-feira, a greve da Função Pública deverá encerrar tesourarias e repartições de finanças, tribunais, escolas, consultas hospitalares e serviços municipais, segundo os sindicatos, que acreditam que esta será «uma das melhores greves de sempre».

Na saúde e na educação, as perspectivas são elevadas, até porque desta vez a paralisação vai envolver todos os profissionais de ambas as áreas, tendo em conta que os médicos e os professores também aderiram.

As três estruturas sindicais da administração pública marcaram esta greve conjunta «contra a intransigência do Governo nas negociações salariais», um ano após a realização da última paralisação conjunta, pelo mesmo motivo.

Os sindicatos queixam-se, nomeadamente, de a equipa negocial do Ministério das Finanças ter iniciado o processo com uma proposta de aumentos salariais de 2,1 por cento e de ter encerrado as negociações com o mesmo valor.

A última greve convocada pelas três estruturas sindicais realizou-se a 9 e 10 de Novembro de 2006 contra o aumento salarial de 1,5 por cento que o Governo decidiu aplicar, apesar de a inflação prevista nessa altura ser de 2,1 por cento.
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