O Tribunal de Odemira (Beja) marcou esta quarta-feira para 2 de Abril a leitura da sentença de um grupo de falsificação de moeda, a quem foram apreendidos quase oito milhões de dólares falsos, uma das maiores quantias apreendidas a nível mundial, noticia a agência Lusa.
O acórdão será conhecido pouco mais de quatro meses após o início do julgamento do grupo de 13 arguidos, que enfrenta acusações como contrafacção e passagem de moeda falsa.
Desmantelada rede de falsificadores
Nas alegações finais de hoje, para os cinco principais arguidos, que apelidou como «o grupo dos falsificadores», o Ministério Público pediu penas de prisão entre os dois e os oito anos, três delas suspensas, pela co-autoria de um crime de contrafacção de moeda - e pena de multa para um deles pelo crime de falsificação na forma tentada.
No entanto, o Ministério Público sugeriu que as penas devem ser aplicadas de forma diferente para os diversos arguidos, «consoante as suas culpas» e o facto de terem ou não confessado o crime ou mostrado arrependimento.
Para os outros sete arguidos, o Ministério Público deu como «integralmente provado que colaboraram na operação da compra e venda dos dólares falsos».
Para os dois arguidos acusados de passagem de moeda falsa, o Ministério Público pediu uma pena de multa até 12 meses para um e um ano de prisão, com pena suspensa, para o outro, defendendo também a execução suspensa de pena de prisão entre os oito e os 12 meses para os últimos dois arguidos, acusados de cumplicidade num crime de passagem de moeda falsa.
Só um dos advogados dos cinco principais arguidos concordou com a pena pedida pelo Ministério Público, tendo os outros considerado as penas «exageradas» e o advogado do alegado «cabecilha» do grupo criticou mesmo a investigação da PJ.
«Deixa muito a desejar e fica muito por esclarecer neste processo», disse.
Quase 8 milhões de dólares falsificados
Segundo a acusação do Ministério Público, o caso remonta a inícios de 2006, quando três dos arguidos começaram, em conjunto, um plano que visava a contrafacção, produção e distribuição de notas de cem dólares, num armazém na aldeia de Relíquias, Concelho de Odemira.
Até Agosto de 2006, refere a acusação, o grupo terá conseguido fabricar e imprimir dez milhões de dólares falsos, acabando o armazém por ser desmantelado.
A informação chegou à PJ que, no final de Agosto, deteve três suspeitos e, em Janeiro, deteve outro, seguindo o rasto do dinheiro, acabando por deter os restantes arguidos, além de apreender quase oito milhões de dólares falsos, uma das maiores quantias apreendidas a nível mundial.
Falsificaram oito milhões de dólares
- Portugal Diário
- 5 mar 2008, 22:42
Odemira: 13 indivíduos ouvem sentença final a 2 de Abril
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