Amarante: corrida realiza-se «há mais de 10 anos» - TVI

Amarante: corrida realiza-se «há mais de 10 anos»

(Arquivo)

Prova de automóveis fez esta quinta-feira oito feridos na sequência de um despiste

O presidente da Junta de Freguesia de Figueiró, Amarante, Daniel Pinheiro, explicou à agência Lusa que a prova de automóveis (autocross) que decorreu esta quinta-feira naquela localidade é uma iniciativa privada que se realiza há mais de 10 anos.

«É um convívio de jovens que se organiza anualmente no 1º de Maio, inclui várias iniciativas ao longo do dia e termina com um jantar, hoje cancelado devido ao acidente», disse o autarca.

Oito pessoas, incluindo três crianças, foram esta quinta-feira feridas pelas 17h30 devido ao despiste de um carro numa prova de autocross não oficial em Figueiró, Amarante.

As três crianças foram transportadas para o Hospital de S. João, no Porto, estão poli traumatizadas, mas apresentam um quadro estável, de acordo com fonte hospitalar.

Corridas realizam-se com regularidade

Segundo o presidente da Junta de Freguesia de Figueiró, estas provas - que naquela região se realizam com alguma regularidade - são feitas por concorrentes amadores de carro de autocross.

A iniciativa, de acordo com Daniel Pinheiro, decorreu junto ao campo de jogos de Figueiró, num terreno privado que é cedido por um particular para esta prova.

«Ninguém paga bilhete mas as pessoas juntam-se para assistir à corrida», explicou o autarca, referindo que apesar dos feridos que resultaram, o acidente poderia ter tido maiores proporções.

«A sorte foi que o carro quando se despistou bateu num jipe estacionado e foi isso que impediu o atropelamento de mais pessoas», referiu.

Segundo o presidente da Junta de Freguesia, o condutor da viatura não teve ferimentos.

Presença dos bombeiros não confere «legalidade»

Em declarações à agência Lusa, o comandante dos bombeiros, José Campos, explicou que apesar da organização da prova ter solicitado a segurança daquela corporação, «a sua presença não conferia à iniciativa qualquer legalidade», mas foi determinante na assistência aos feridos, sobretudo às três crianças.

«Esta presença costuma ser feita a título de colaboração com a população da nossa zona de influência nesta e noutras iniciativas, nomeadamente em passeios de cicloturismo, peregrinações, entre outras», disse.

«Estão ali para uma pequena assistência, com uma ambulância e três homens», precisou.

«Ainda assim, já vi provas oficiais com menos segurança do que a que a que existia hoje no local», sublinhou o comandante dos bombeiros, que fazem também assistência a provas oficiais de ralis.

No entanto, reconheceu, «havia um talude que não teve altura suficiente para evitar o despiste e o atropelamento dos espectadores».
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