Incêndios: protecção civil reforça meios

A Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) anunciou esta quarta-feira o reforço de meios para combate a incêndios florestais e pediu a suspensão das queimadas agrícolas, escreve a Lusa.

Esta medida surge numa altura em que ocorre um número anormal de incêndios para a época, que só terça-feira atingiu mais de 300, principalmente no Norte do país e maioritariamente atribuídos a queimadas agrícolas, algumas das quais têm evoluído para fogos de dimensões consideráveis.

Quatro helicópteros - dois para o Norte e os outros para o Centro e Sul - e um reforço de 30 elementos do Grupo de Intervenção de Protecção e Segurança da GNR (GiPS) e outros tantos da Força Especial de bombeiros (canarinhos) são alguns dos reforços decididos por aquela Autoridade.

Comparativamente a 2006, só nos primeiros seis dias deste mês de Novembro, a ANPC registou 1.647 incêndios, 24 vezes mais do que em todo o mês homólogo do ano passado.

O reforço de meios inclui ainda a disponibilização em permanência de 220 elementos e 48 veículos em duas colunas nacionais de bombeiros para reforçar os distritos de Viana do Castelo, Braga, Vila Real e Viseu.

Em comunicado, a ANPC atribui os incêndios ocorridos desde Outubro a «queimadas de sobrantes agrícolas» e para «renovação de pastagens naturais», numa altura em que se registam baixas humidades, temperaturas acima da média e ventos fortes.

Com estas «situações meteorológicas de risco elevado», a ANPC consideram que devem continuar a ser cumpridos os cuidados com a utilização do fogo recomendados no Verão e «interrompida a utilização do fogo em actividades agro-florestais».