«Greve está forte e vai crescer» - TVI

«Greve está forte e vai crescer»

Manifestação da Função Pública (direitos reservados)

FESAP, STE e STCDE satisfeitos com a adesão dos trabalhadores

A Frente Sindical da Administração Pública (FESAP) manifestou-se convicta de que a greve desta quinta-feira é «já forte e ao longo do dia vai claramente crescer», esperando-se uma «adesão significativa» nas Finanças e escolas.

José Abraão, dirigente desta estrutura sindical, afirmou à Lusa não ter conhecimento de «dificuldades» que envolvessem os piquetes de greve e sublinhou que os «trabalhadores estão zangados com esta política» e que «o Governo está a tempo ainda de [a] rever».

Greve: os sectores mais afectados



Já o dirigente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), Leodolfo Bettencourt Picanço, afirmou que o resultado da paralisação da Função Pública vai «demonstrar que o Governo deve negociar aquilo que até agora tem recusado».

Leodolfo Bettencourt Picanço explicitou, em declarações à Lusa, que nas primeiras horas da greve há indicações de que «os trabalhadores estão a aderir bastante».

A saúde é o sector em que a paralisação mais se fez sentir durante a noite, segundo o presidente do STE, que afirmou ainda não ter «nenhuma indicação de oposição ou impedimento do direito à greve por parte dos trabalhadores».

Greve: Governo lamenta «transtorno» para os cidadãos

De acordo com o sindicato dos trabalhadores consulares e das missões diplomáticas (STCDE), a adesão será forte entre os trabalhadores dos serviços externos do ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).

«As indicações que temos, como habitualmente, é de forte adesão à greve. Portanto, a grande maioria dos trabalhadores dos serviços externos do MNE estará em greve hoje por este mundo a fora», disse o secretário-geral do STCDE, Jorge Veludo.

«Sempre que fazemos greve, a percentagem de adesão ronda os 80 por cento», referiu ainda Veludo.

«Nós somos trabalhadores da função pública, portanto é natural que, tal como nossos colegas que prestam serviços dentro do país, tenhamos várias queixas, porque o regime de aposentação também nos diz respeito», referiu.

Segundo Jorge Veludo, o problema das actualizações salariais também diz respeito aos trabalhadores dos serviços externos do MNE, já que «ao longo dos anos, a perda poder de compra tem sido superior à perda em Portugal e o governo nos tem imposto a percentagem de actualização nacional».
Continue a ler esta notícia