Vacina da gripe sazonal provocou quase 40 reacções adversas - TVI

Vacina da gripe sazonal provocou quase 40 reacções adversas

Vacina H1N1

Só após utilização em larga escala se saberá efeitos de fármaco contra H1N1

Relacionados
Nos últimos três anos a vacina contra a gripe sazonal provocou 39 reacções adversas registadas pelo Sistema de Farmacovigilância. Quanto aos efeitos da vacina contra a gripe A, o Infarmed, citado pela agência Lusa, indica que só depois da «utilização em larga escala» é que serão detectados.

A agência noticiosa refere que teve acesso a dados da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) que indicam que estas reacções adversas que foram notificadas pelo Sistema de Farmacovigilância foram, na generalidade, as «esperadas» e encontram-se descritas no resumo de características e no folheto informativo dos medicamentos.

Em Portugal, são comercializadas na época 2009/2010 sete vacinas contra a gripe sazonal: Chiroflu, Fluad, Fluarix, Inflexal V, Influvac, Istivac e Istivac Infantil.

Em regime de campanha, a vacina contra a gripe A começa a ser administrada em Portugal a partir de segunda-feira. Trata-se da Pandemrix, do laboratório GlaxoSmithKline, uma das três que, por decisão da Comissão Europeia, têm Autorização de Introdução no Mercado na União Europeia (UE).

Planos de investigação

O Infarmed adverte que, neste caso, como em todos os medicamentos, «podem ocorrer reacções adversas raras que apenas poderão ser detectadas a partir do momento em que as vacinas passam a ser utilizadas em larga escala».

Por esta razão, foi solicitada aos fabricantes das vacinas a implementação de planos para investigar activamente e monitorizar a sua segurança logo que sejam utilizadas em toda a UE, para que, precocemente, possam ser tomadas medidas caso surja algum problema de segurança.

De acordo com o Infarmed, estas vacinas foram «preparadas previamente a esta pandemia, utilizando uma estirpe de vírus influenza diferente, antes de ser conhecida a estirpe responsável».

«Foi utilizada uma estirpe de vírus influenza H5N1, que também pode causar pandemia e à qual ninguém teria ainda sido exposto», explica a autoridade que regula o sector do medicamento.

Após o início da actual pandemia, e uma vez identificada a nova estirpe de vírus A (H1N1) pela Organização Mundial de Saúde (OMS), «foi possível aos fabricantes converterem as versões iniciais das vacinas em vacinas pandémicas finais, através da substituição da estirpe H5N1 pela estirpe H1N1».

«Décadas de experiência com as vacinas da gripe sazonal indicam que a inserção de uma nova estirpe na vacina não altera significativamente a segurança ou o nível de protecção conferido», garante o Infarmed.

O instituto prossegue que «a autorização destas duas vacinas foi baseada em informação sobre a qualidade, segurança e imunogenicidade».

O Infarmed vai continuar «a avaliar toda a informação que venha a estar disponível».

O Sistema Nacional de Farmacovigilância monitoriza todos os medicamentos, entre os quais as vacinas, que se encontram no mercado.
Continue a ler esta notícia

Relacionados