Mário Machado: tribunal fala em «culpa grave» - TVI

Mário Machado: tribunal fala em «culpa grave»

Mário Machado condenado a 4 anos e 10 meses de prisão

O dirigente da Frente Nacional foi condenado a sete anos e dois meses de cadeia

O Tribunal de Loures, que condenou, esta terça-feira, Mário Machado a sete anos e dois meses de prisão por crimes de roubo e sequestro, entre outros, considerou que o dirigente da Frente Nacional e mais quatro arguidos condenados«agiram com culpa grave».

O colectivo de juízes da 1.ª Vara Mista, presidido por Susana Fontinha, entendeu dar como provados grande parte dos factos da acusação que se reportam a finais de 2008 e princípios de 2009, considerando que Mário Machado e outros arguidos tinham «desprezo pelas vítimas», atraídas para locais pré-estabelecidos com o pretexto de venda de estupefacientes e que depois eram agredidas e roubadas. «Foi comprovado dolo directo, porque o arguidos sabiam o sentido directo das suas condutas», sublinhou a magistrada na leitura parcial do acórdão.

O tribunal acentuou que no julgamento, iniciado a 25 de Março, os arguidos «procuraram dar outro enquadramento aos factos» e tiveram «deliberada intenção de desvalorizar o sentido das declarações das vítimas», com o objectivo do «condicionamento».

Os arguidos «imputaram o processo a uma perseguição policial» movida contra eles e por terem tido na sua posse documentação que alegadamente envolvia a família do primeiro ministro, José Sócrates, em processos como Freeport e Cova da Beira, mas o tribunal notou que «nada suporta a tese de cabala ou perseguição».

Advogado de Mário Machado vai recorrer

A juíza Susana Fontinha acrescentou ainda que o tribunal não provou a existência de matéria de facto para incriminação pela prática do crime de associação criminosa e absolveu os oito arguidos desta acusação. O tribunal condenou os cinco de oito arguidos a dois crimes de coação, três de roubo, três de sequestro e dois de posse ilegal de arma de fogo.
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