Venezuela: portugueses querem justiça - TVI

Venezuela: portugueses querem justiça

  • Portugal Diário
  • 26 out 2007, 23:06

Comerciantes apelam à polícia que identifique assassínio de madeirense

Relacionados
Vários comerciantes portugueses radicados na localidade de Tejerías, 60 quilómetros a Oeste de Caracas, apelaram hoje às autoridades venezuelanas para que localizem o assassínio do madeirense João Martinho de Faria, para que «o crime não fique impune».

«A insegurança é cada vez maior. Todos os dias se ouve dizer que alguém foi assaltado ou assassinado. Este crime não pode ficar impune por isso exortamos a polícia a identificar o autor do disparo que matou o nosso compatriota, para que responda pelo que fez», disse à Agência Lusa António Figueira.

Natural do Campanário, Madeira, João Martinho de Faria, foi assassinado pelas 02:30 horas locais de terça-feira (07:30 horas em Lisboa), na sua residência, no quarto andar de um pequeno edifício localizado ao lado da loja de distribuição de bebidas alcoólicas «Las Teje», que estava a ser assaltada.

«Um vizinho percebeu que dois indivíduos estavam a assaltar a loja e chamou a polícia», disse a fonte que precisou que esse estabelecimento comercial funcionava numa propriedade do comerciante português.

«Ao aperceberem-se da chegada da polícia, os dois ladrões tentaram escapar através dos telhados das lojas locais, originando-se uma troca de tiros. A partir da sua casa, João Martinho indicou à polícia onde estava escondido um dos assaltantes, que disparou contra ele através de uma janela, ferindo-o mortalmente, enquanto o outro conseguiu fugir».

Fonte policial disse telefonicamente à Agência Lusa que o comerciante português foi ferido na zona da «veia femural» e que, apesar de auxiliado por dois filhos, faleceu quando era transportado para o Hospital José Maria Benites, situado na vizinha cidade de La Victória (a 80 quilómetros de Caracas).

«Um dos assaltantes, Wilfredo José Rivero, conhecido pela alcunha de El Caraota faleceu durante o tiroteio», disse a fonte.

Manuel Rodrigues, genro do comerciante assassinado, explicou à Agência Lusa que João Martinho de Faria, de 70 anos, emigrou para a Venezuela há 48 anos e estava radicado em Tejerías há 40 anos. Era casado com Maria Carolina de Farias, natural de Ponte Vagos, Aveiro, e deixa cinco filhos, três homens e duas mulheres, todos maiores.

Adiantou que a vítima era proprietário de uma padaria, tinha problemas cardíacos e que regressara de Portugal a 23 de Outubro, «onde esteve vários meses a descansar, por recomendação dos filhos».
Continue a ler esta notícia

Relacionados