Urgências do hospital do Funchal assistiram 42 utentes - TVI

Urgências do hospital do Funchal assistiram 42 utentes

Adiantou o diretor do serviço de Urgências

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O diretor do serviço de Urgências do Hospital do Funchal, Pedro Ramos, revelou hoje que a unidade de saúde recebeu 42 pessoas com problemas sem gravidade provocados pelos vários incêndios que fustigam a Madeira desde terça-feira.

Numa conferência de imprensa para fazer um ponto da situação do trabalho desenvolvido no âmbito dos fogos, o responsável hospitalar adiantou que na quarta-feira deram entrada naqueles serviços 22 pessoas e hoje, até às 18:00, foram assistidos mais 22 utentes.

Pedro Ramos informou que, de entre pessoas que recorreram às urgências do hospital Dr. Nélio Mendonça, quatro estão internadas - três idosos que «não têm condições ainda para voltar às respetivas casas, que estão temporariamente nos pisos [da unidade hospitalar], mas têm alta prevista para sexta-feira», e um outro utente por necessitar de tratamento de diálise.

O médico assegurou que «neste momento não há nenhum doente que inspire grandes cuidados», sustentando: «Não recebemos nenhum grande queimado, os únicos problemas são de longa exposição no combate ao fogo que se traduzem em problemas de origem ocular, intoxicação e inalação pelo fumo».

Segundo Pedro Ramos, as pessoas que tiveram de ser assistidas tinham problemas do foro «oftalmológico, respiratório e ortopédico».

«Estamos articulados com a Proteção Civil, o posto médico avançado que funciona na escola de Machico e o que na quarta-feira funcionou no Centro de Inspeções Automóveis assistiu pessoas com variadíssimos problemas, desalojados com variadíssimos problemas de ordem material e física, a todos eles tem sido prestada assistência de acordo com os recursos que nos temos», disse.

O responsável salientou que, perante a situação que se verifica na Madeira, as pessoas «devem estar bem hidratadas e devem expor-se o mínimo possível ao contacto com esses fumos», e sugeriu que quando precisem estar próximo dos seus bens estejam «protegidos com máscaras, estejam constantemente a beber líquidos e não estejam permanentemente em contacto com o fogo».

A Madeira está a ser fustigada desde terça-feira por uma série de incêndios, em diferentes pontos da ilha, sendo os casos mais críticos os sinistros verificados nos concelhos da Calheta, Funchal e Santa Cruz.

O Ministério da Administração Interna já fez deslocar para a Madeira um contingente de 80 homens para apoiar as corporações da região.

Neste momento, de acordo com informações divulgadas pelo presidente do Governo, Alberto João Jardim, estão no terreno 250 homens e 50 viaturas.

As previsões de condições climatéricas propícias à propagação de incêndios, designadamente o tempo seco, elevadas temperaturas, humidade relativa baixa e vento, após nove meses de seca, que vão continuar até sexta-feira, estão a dificultar o combate aos fogos, existindo também suspeitas de mão criminosa devido à dispersão dos focos.
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