«Andar a saltar com os meios é o pior que pode acontecer» - TVI

«Andar a saltar com os meios é o pior que pode acontecer»

A maior preocupação dos bombeiros é evitar que o incêndio que lavra na Serra do Caldeirão se estenda para Loulé

A maior preocupação dos bombeiros é evitar que o incêndio que lavra na Serra do Caldeirão se estenda para oeste (Loulé), disse hoje um responsável pelas operações, considerando que a situação está melhor agora do que de madrugada.

«A situação é francamente mais favorável do que aquela que tínhamos ao início da madrugada», referiu o segundo comandante nacional da Protecção Civil, José Codeço, depois de ter feito uma ronda pela zona.

As autoridades, que não estão a equacionar pedir mais reforços, optaram por mudar de estratégia, concentrando os meios nos pontos identificados como sendo os mais graves, combatendo um de cada vez.

«Andar a saltar com os meios é o pior que pode acontecer», observou, mostrando-se otimista quanto à evolução do fogo que está a atingir os concelhos de Tavira e São Brás de Alportel.

Segundo José Codeço, a mudança de estratégia passou por identificar a zona mais preocupante para não deixar evoluir o incêndio para oeste, para que não se repita o que aconteceu em 2004, ano em que a zona foi também fustigada por incêndios.

De acordo com aquele responsável, o perímetro do incêndio é de cerca de 70 quilómetros, estando o núcleo de combate aéreo concentrado na zona mais preocupante, que vai do norte de São Brás de Alportel até à povoação de Javali.

A combater as chamas encontram-se mais de 1.000 operacionais, apoiados por mais de 200 veículos e treze meios aéreos, lê-se na página da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC).

Ainda segundo o mesmo responsável, os meios aéreos estão numa situação de rotatividade para não perderem a capacidade de lançar água sobre o fogo.
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