Gerês: desvio de meios aéreos dificulta combate - TVI

Gerês: desvio de meios aéreos dificulta combate

Fogos

Há dois incêndios activos no Parque Nacional

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ACTUALIZADA ÀS 16h46

O director do Parque Nacional da Peneda-Gerês considera que tem havido coordenação no combate ao fogo no concelho de Arco de Valdevez, mas reconhece que o desvio de meios aéreos para outros fogos «complica substancialmente» a situação.

Neste momento há dois fogos activos na Peneda-Gerês: o de Mezio/Travanca, no concelho de Arcos de Valdevez, e o de Cabril-Lindoso, em Ponte da Barca.

Em declarações à agência Lusa, o director do Parque da Peneda Gerês, Lagido Domingues, considerou que o combate ao fogo «tem estado a funcionar bem a nível da coordenação», acrescentando que «tem havido uma atenção especial, concretamente pelo parque da Peneda-Gerês».

«Mas também reconheço que há determinadas situações mais aflitivas e que têm de se desviar meios. E às vezes basta desviar, meia hora ou uma hora, um meio aéreo para complicar substancialmente a situação nestes terrenos, onde é muito difícil chegar sem ser com os meios aéreos», sublinhou.

O também director do Departamento de Gestão de Áreas Classificadas do Norte adiantou que o que tem acontecido com uma «certa frequência são reacendimentos». «Quando se pensa que as coisas estão resolvidas aparecem reacendimentos que dificultam as manobras. Depois vão aparecendo novas ocorrências, sendo que as condições atmosféricas também proporcionam isso», frisou.

Lagido Domingues lamentou também a perda de habitats na sequência dos incêndios: «Sempre que arde uma área protegida é uma perda grande, sempre que arde um metro quadrado é uma perda. Agora há uma hierarquia de valores e dentro dessa hierarquia há uns habitats mais importantes do que outros.»

«Durante algum tempo as coisas passaram-se em habitats de importância relativa menor. Na sexta-feira, infelizmente entrou na mata do Cabril, que é um habitat que era importante defender a todo o custo», frisou.

«Para já, parece-me que a situação está, não digo controlada, mas está a evoluir lentamente. Pode ser que se consiga dominar, vamos ver», disse, acrescentando que, por enquanto, a área ardida no Cabril não é muito expressiva.

Há 41 fogos activos em Portugal Continental, no último balanço efectuado às 16h36 pela Protecção Civil. Para além destes dois no Gerês, destacam-se mais dois no distrito de Viana do Castelo, dois na Guarda, um em Vila Real, dois em Viseu, um em Aveiro, outro em Braga e três no Porto.
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