Medicamentos mais baratos sem impacto nos doentes - TVI

Medicamentos mais baratos sem impacto nos doentes

  • Portugal Diário
  • 19 mar 2008, 13:30
Medicamentos

Presidente do Infarmed reconhece que nova situação beneficiou o Estado

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O presidente do Instituto Nacional da Farmácia e do Medicamento (Infarmed), Vasco Maria, reconheceu ao jornal Público que a descida em seis por cento do preço dos medicamentos decretada pelo Ministério da Saúde no início de 2007 praticamente não favoreceu os doentes, mas apenas o Estado, escreve o jornal.

Os eventuais benefícios da baixa de preços nos bolsos dos utentes acabaram por ser anulados pelos cortes nas comparticipações decretados nesse mesmo ano pelo Ministério da Saúde.

Vasco Maria apresentou aos deputados da comissão parlamentar de Saúde números que não deixam margens para dúvidas sobre os efeitos da contenção de gastos do ministério. «A redução das comparticipações de medicamentos em 2007 significou um aumento em 26,1 milhões de euros da despesa dos cidadãos», disse o presidente do Infarmed.

Na sua opinião, este efeito «praticamente anulou» a baixa administrativa em seis por cento do preço dos remédios comparticipados, decretada no início desse ano. «A redução dos preços significou uma poupança de 26,2 milhões de euros para o consumidor e de 46,6 milhões para o Estado», adiantou.

Na audição parlamentar pedida pelo Bloco de Esquerda (BE), o presidente do Infarmed adiantou também que, entre Janeiro e Setembro de 2007, os gastos dos portugueses com medicamentos subiram 14,3 por cento em relação ao mesmo período do ano anterior. Um crescimento que Vasco Maria justificou com o facto de os doentes continuarem a sair das farmácias com remédios de marca que têm no mercado uma alternativa genérica.
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