Colômbia: Sarkozy propõe ajuda contra as FARC - TVI

Colômbia: Sarkozy propõe ajuda contra as FARC

Visita de Estado de Sarkozy a Inglaterra

Ingrid Betancourt viajou pela primeira vez à Colômbia desde a sua libertação, e levou consigo a carta com a proposta de auxílio francês

Relacionados
A ex-refém da guerrilha das FARC Ingrid Betancourt anunciou ter entregue sábado ao presidente colombiano Alvaro Uribe uma carta do seu homólogo Nicolas Sarkozy em que a França se compromete a trabalhar para encontrar «uma solução negociada» com a guerrilha, noticia a agência Lusa.

A franco-colombiana, que chegou sábado ao fim da tarde a Bogotá, onde efectuou a sua primeira visita desde a sua libertação a 2 de Julho, indicou durante uma conferência de imprensa ser portadora de uma carta do presidente Sarkozy.

Na carta Sarkozy «manifesta a Uribe todo o seu respeito e o seu compromisso e confirma-lhe certos pontos sobre os quais a França deseja comprometer-se».

«Esses pontos são em primeiro lugar que a França deseja procurar uma solução negociada (para o conflito entre a guerrilha marxista e o exército)» e «a confirmação da vontade da França de receber um ex-guerrilheiro» desertor Wilson Bueno Largo, pseudónimo «Isaza», que permitiu a fuga do refém Oscar Tulio Lizcano, a 26 de Outubro.

Betancourt foi recebida durante cerca de hora e meia pelo presidente colombiano, com o qual discutiu a situação deste guerrilheiro.

Betancourt convida Obama para marcha pelos reféns das FARC

A antiga candidata presidencial mostrou-se «extremamente feliz» por estar na Colômbia, antes de pedir desculpa por não ter participado, por «razões de segurança», num grande desfile organizado sexta-feira a favor da libertação dos reféns nas principais cidades do país.

«Os organismos de segurança franceses e colombianos disseram-me que não era possível, e nesses casos eu respeito», afirmou Betancourt, que aproveitou para convidando as FARC à «reflexão». «As pessoas das FARC são muito inteligentes, mesmo quando se enganam sobre os seus métodos de acção», declarou.

A partir de domingo à noite Betancourt vai deslocar-se a sete países latino-americanos (Equador, Argentina, Brasil, Chile, Peru, Bolívia, Venezuela), uma viagem de uma semana para «agradecer» aos chefes de Estado que trabalharam para a sua libertação e incitá-los a continuar os seus esforços para os que permanecem em cativeiro.

Betancourt pretende igualmente reunir-se com o presidente venezuelano Hugo Chavez, por quem sente «uma imensa admiração».
Continue a ler esta notícia

Relacionados