Apenas quatro farmácias vendem medicamentos online

Um mês após a entrada em vigor da nova legislação apenas quatro farmácias vendem medicamentos pela Internet, estando actualmente dez à espera de ver o seu projecto aprovado pelo Infarmed, disse fonte do organismo que gere o mercado do medicamento.

Segundo dados que a Lusa obteve junto do Infarmed, o registo de sítios na Internet para venda de medicamentos (sujeitos ou não a receita médica) recebeu apenas 15 pedidos durante o primeiro mês de funcionamento.

Catorze destes pedidos referem-se a farmácias (quatro já foram aprovados) e apenas um para um local de venda de medicamentos não sujeitos a receita médica (MNSRM), que também já foi aprovado.

No caso dos pedidos para dispensa da venda de medicamentos ao domicílio, foram 57 as farmácias que pediram autorização, sendo que 25 destas já viram os seus projectos aprovados.

No caso dos locais de venda de MNSRM, 25 pediram autorização dos quais cinco estão já aprovados.

Podem vender medicamentos através da Internet - e também por telefone ou telefax - as farmácias e os locais de venda de Medicamentos Não Sujeitos a Receita Médica (MNSRM), estes últimos apenas quando os fármacos não precisam da prescrição do clínico.

Uma vez que esta venda implica uma deslocação, as farmácias poderão cobrar uma taxa, a qual não tem um limite definido, cabendo à farmácia estabelecer esse valor.

Esta transacção deverá ser sempre supervisionada por um farmacêutico (no caso de uma farmácia) ou de um técnico (no caso dos locais de venda de MNSRM).

O objectivo é que o utente possa, através da Internet, efectuar os pedidos de medicamentos e também realizar as suas reclamações on-line, de acordo com o livro de reclamações on-line, hoje apresentado.

Os dois primeiros postos de venda livre de medicamentos autorizados vender medicamentos não sujeitos a receita médica através de Internet ficam nos concelhos de Sintra e Almada e receberam autorização para fazê-lo a 20 de Abril.