Agência Europeia do Medicamento não suspende pílula Diane 35 - TVI

Agência Europeia do Medicamento não suspende pílula Diane 35

Medicamentos (arquivo)

Fármaco fica suspenso apenas em França, depois de uma investigação que o relacionou com quatro mortes por trombose nos últimos 25 anos

A decisão da Agência Europeia do Medicamento (AEM) de não seguir a França na suspensão da pílula Diane 35, contracetivo também utilizado para a acne, foi confirmada esta quinta-feira a nível europeu, anunciou a agência.

O grupo europeu de coordenação, que representa as agências nacionais do medicamento, só registou um voto, o da França, contra a posição da AEM que, no passado dia 17, considerou que os benefícios da Diane 35 superam os riscos associados de desenvolvimento de coágulos de sangue.

No final de janeiro, a agência francesa do medicamento decidiu suspender a comercialização do fármaco (e dos seus genéricos), depois de uma investigação o relacionar com quatro mortes por trombose nos últimos 25 anos.

«A relação benefício/risco do Diane 35 e dos seus genéricos é positiva, desde que sejam tomadas algumas medidas para minimizar os riscos tromboembólicos», ou seja, a formação de coágulos de sangue, indicou a AEM em meados de maio.

Confirmou hoje que o medicamento «deve ser utilizado apenas para o tratamento da acne moderada ou grave (...) e/ou para o tratamento do hirsutismo, ou seja, o excesso de pelos nas mulheres em idade fértil» e apenas «nos casos em que os tratamentos alternativos falharam», segundo a agência France Presse.

Como a decisão do grupo europeu de coordenação não foi unânime, a Comissão Europeia terá de tomar uma decisão final, que deverá ser seguida pelos Estados membros, explica a AEM em comunicado.

Produzido pela farmacêutica alemã Bayer, o Diane 35 é autorizado em mais de 100 países, incluindo Portugal, e utilizado por milhões de mulheres.
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