Hospitais com menos urgências e mais consultas - TVI

Hospitais com menos urgências e mais consultas

Hospital da Guarda

Tempo de espera pela primeira consulta diminuiu 20 dias em Junho

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Os hospitais realizaram menos 339 mil urgências em junho, face ao período homólogo. Já o número de consultas médicas programadas aumentou: mais de 80 mil. Os dados foram revelados esta quinta-feira pela Administração Central do Sistema de Saúde.

De acordo com o documento, citado pela Lusa, os hospitais realizaram 2.991.733 episódios urgentes em junho, menos 339.043, o que representa uma diminuição de 10,2%, em relação ao verificado no mesmo mês do ano passado.

Em contrapartida, existe um aumento da atividade hospitalar programada, com mais 80.719 consultas médicas e mais 2.593 cirurgias.

Ao nível das intervenções cirúrgicas, o documento refere um aumento das programadas (mais 2.593) e de ambulatório (mais 5.192) e uma redução das convencionais (menos 2.599) e das urgentes (menos 1.748).

Segundo a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), verifica-se «um fortalecimento desejável da atividade programada em detrimento da atividade urgente», que tem registado «uma desejável e esperada redução».

A ACSS considera ainda desejável que ocorra transferência de cuidados dos hospitais para os cuidados de saúde primários, aumentando o acesso às primeiras consultas hospitalares e uma redução das consultas subsequentes.

O tempo médio de resposta ao pedido de primeira consulta reduziu em 20 dias. Uma melhoria que se verificou para todos os níveis de prioridade, com mais expressão para os pedidos «prioritários» e «muito prioritários».

De igual modo, verifica-me uma melhoria em dois dias na mediana de tempo até à realização da primeira consulta.

Nos cuidados de saúde primários, foram feitas 1.252.150 consultas no Serviço de Atendimento Permanente (SAP), menos 475.796 (menos 27,5%) do que em junho de 2011.

As consultas presenciais também sofreram um decréscimo, de 5,3%, face a igual período de 2011, o que a ACSS explica com a transferência para as consultas médicas não presenciais, que tiveram um aumento de 9,4%, e para as consultas domiciliárias, que cresceram 6,4%.

Foram passadas mais 1.135.616 receitas renováveis do que no período homólogo do ano anterior.

Face a estes dados, a ACSS considera que «a taxa de utilização de consultas médicas nos cuidados de saúde primários permanece estável, verificando-se que, durante o primeiro semestre de 2012, mais de metade dos utentes tiveram pelo menos uma consulta médica nos cuidados de saúde primários».
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