Lisboa: «máfia da noite» enfrenta tribunal - TVI

Lisboa: «máfia da noite» enfrenta tribunal

«Caso Passerelle»:Arguido desconfia da morte de PSP

Principal arguido, Alfredo Morais, diz que é vítima de cabala por parte da polícia

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O ex-agente da PSP Alfredo Morais, que está a ser julgado por lenocínio e tráfico de mulheres, disse esta terça-feira estar inocente e ser vítima de uma cabala montada por «inimigos dentro da polícia», noticia a Lusa.

Alfredo Morais e mais 13 arguidos começaram esta terça-feira a ser julgados no Tribunal da Boa-Hora, em Lisboa, pelos crimes de lenocínio (favorecimento à prostituição), tráfico de mulheres e associação criminosa relacionados com casas de diversão nocturna de Lisboa.

«A acusação de que sou alvo neste processo não tem qualquer fundamento. Estou inocente e de consciência tranquila, mas envergonhado por ser arguido», afirmou Alfredo Morais aos jornalistas no final da sessão da manhã.

Os arguidos são acusados de, entre 2002 e 2007, terem montado um esquema em que impunham serviços de segurança e prostitutas contratadas aos proprietários de conhecidos bares de alterne da noite lisboeta, nomeadamente Elefante Branco, Gallery e Night & Day.

Sócio de casa de striptease

Alfredo Morais foi detido à guarda do processo «Passerelle», em fase de julgamento no Tribunal de Leiria, a 06 de Janeiro de 2007 e esteve preso cerca de 16 meses. Hoje Alfredo Morais apontou o dedo aos «inimigos» que fez na polícia que «não dão a cara», dizendo que foram eles os responsáveis pelas suas acusações.

«Fui um bom elemento policial durante cinco anos, prestei serviço à sociedade e isso se calhar prejudicou-me», afirmou. Questionado sobre os nomes dos «inimigos dentro da polícia», o arguido afirmou que «em sede própria eles serão conhecidos».

Durante a sessão, Alfredo Morais negou todas as acusações, lembrou que durante a investigação deste processo estava detido preventivamente, primeiro no Estabelecimento Prisional de Lisboa e depois no seu domicílio, e negou conhecer a maior parte dos arguidos.

Porém, confirmou ser amigo dos arguidos Pedro Gameiro e Rui Pedro Batista, este funcionário do Photus. Alfredo Morais é sócio da empresa de diversão nocturna Photus juntamente com Vítor Trindade, dono das discotecas «Passarelle».
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