A família da vítima do atropelamento mortal na A6, a 18 de junho, que envolveu a viatura onde seguia o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, recebe 260 euros de pensão de sobrevivência. A notícia foi avançada pelo Correio da Manhã e pelo Público e foi confirmada pelo próprio advogado da família, José Joaquim Barros, à TVI24.
De acordo com o advogado, a viúva de Nuno Santos recebe 173,27 euros de pensão, a que se juntam os 43,32 euros por cada uma das duas filhas, o que perfaz 259,91 euros. O valor desta pensão é calculado a partir da reforma que Nuno Santos receberia caso se reformasse à data da sua morte, e não de acordo com o rendimento que auferia aquando do acidente, que, segundo José Joaquim Barros, era “superior a mil euros”.
Para o advogado, este valor é “vergonhoso”, apelidando Portugal de “país do Terceiro Mundo” por calcular a pensão desta forma.
Passados exatamente cinco meses do acidente, pouca informação se sabe acerca do mesmo. A comissão parlamentar de inquérito ao caso foi chumbada com votos contra de PS, PSD, BE, PCP, PAN, PEV e da deputada não inscrita Joacine Katar Moreira, com a justificação de que estão abertos vários outros inquéritos, como o da GNR e do INEM.
O inquérito entretanto aberto pelo Ministério Público está em segredo de justiça.