O Ministério Público arquivou o inquérito-crime em que se investigavam financiamentos ilegais ao Partido Socialista no caso do apoio de Luís Figo à campanha de José Sócrates para as Legislativas de 2009.
Numa escuta telefónica interceptada no processo Face Oculta o socialista Paulo Penedos relatava que Figo recebera 750 mil euros do Taguspark para na verdade intervir na campanha eleitoral de 2009 ao lado do então primeiro-ministro. Na prática, a empresa Taguspark estaria a financiar a campanha socialista.
No despacho de arquivamento a que a TVI teve acesso, o procurador diz que o crime de financiamento proibido tem uma pena máxima de três anos de prisão pelo que não admite escutas telefónicas como meio de prova.
Recorde-se que as mesmas escutas serviram para noutro processo acusar três ex-responsáveis do Taguspark, Rui Pedro Soares, João Carlos Silva e Américo Thomati por um crime de corrupção.
Em causa o contrato publicitário que o Taguspark assinou com Luís Figo e que segundo o Ministério Público serviu para pagar o apoio do ex-internacional português ao candidato José Sócrates. Este caso começa a ser julgado em Janeiro.
Destino diferente teve agora a queixa da Entidade das
Contas e Financiamentos Políticos. As escutas telefónicas não podem ser admitidas quanto ao crime de financiamento proibido pelo que o processo foi arquivado.
Caso Figo/Sócrates: Financiamento ilegal ao PS arquivado
- Cláudia Rosenbusch
- 10 out 2011, 20:44
Ministério Público arquiva queixa-crime da Entidade das Contas e Financiamentos Políticos
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