Após o assalto, tribunal da Covilhã vai ter alarme - TVI

Após o assalto, tribunal da Covilhã vai ter alarme

Sociedade

Foi alvo de intrusão pela terceira vez em pouco mais de um ano. Ministério anunciou agora que serão instalados sistemas de segurança

O Ministério da Justiça anunciou esta segunda-feira que vai instalar sistemas de alarme e segurança no Tribunal da Covilhã, que foi assaltado no fim-de-semana e ficou sem equipamento de videoconferência.

O tribunal foi alvo de intrusão pela terceira vez em pouco mais de um ano.

O assaltante (ou assaltantes) partiu um vidro para entrar pelo rés-do-chão, subiu para a sala de audiências principal «que estava aberta por causa das obras» e depois entrou em todos os gabinetes que pôde, disse à Lusa fonte judicial.

Foram levados os dois ecrãs LCD de videoconferência e outros utensílios de diversas secretárias.

«Não há segurança nenhuma, nem durante o dia. Quem quiser entra no tribunal e tem acesso a todos os espaços», disse fonte judicial à agência Lusa.

O Tribunal da Covilhã está a ser remodelado, no entanto, ninguém no tribunal soube prestar informações sobre o que incluem as obras, nomeadamente ao nível da segurança, nem sobre o respectivo cronograma de execução.

«O Ministério da Justiça, depois de concluídas as obras em curso, instalará no Tribunal da Covilhã os sistemas de alarme e segurança adequados», referiu o gabinete de imprensa do Ministério à agência Lusa.

A propósito deste assalto, Fernando Jorge, presidente do Sindicato dos Funcionários Judiciais, voltou hoje a defender, em declarações à Lusa, que haja segurança 24 horas por dia nos tribunais (durante o dia com as forças de segurança), sistemas de videovigilância e alarme.

«Infelizmente, não é de espantar que aconteçam situações como a da Covilhã, em que o tribunal já foi visitado mais vezes que outros. Devia haver segurança, e até reforçada, por causa das obras», destacou.

Segundo o dirigente sindical, a facilidade com que se fazem estes assaltos «descredibiliza a Justiça e o próprio Estado». «Então, quando o Estado não consegue tomar conta das suas próprias casas de justiça, que credibilidade tem?», questionou.
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