Esmeralda: «Estou feliz com a decisão mas...» - TVI

Esmeralda: «Estou feliz com a decisão mas...»

Esmeralda com os pais afectivos. Sargento livre (Foto Paulo Cunha/Lusa)

Sargento contra substituição da equipa médica. Advogado do pai diz que «não era preciso 90 dias»

A decisão de adiar a entrega da menor Esmeralda Porto ao progenitor agradou ao sargento Luís Gomes porque «é o reconhecimento de que a integração não é possível», referiu ao PortugalDiário o pai afectivo da criança.

Mas nem tudo agradou ao sargento: «Estou feliz com esta decisão no que respeita ao prazo de entrega da menina (90 dias), mas a substituição da equipa de pedopsiquiatras é um prejuízo claro para a criança, que já está completamente habituada àqueles técnicos. Agora vai demorar algum tempo a adaptar-se», referiu.

Para Luís Gomes, «seja qual for a equipa médica, se fizer um trabalho sério concluirá o mesmo» que a anterior, isto é, que a menor está integrada no agregado em que reside e que a entrega ao progenitor poderá afectá-la negativamente. Refira-se que esta posição não coincide com os relatórios dos técnicos de Reinserção Social de Tomar.

Luís Gomes teme ainda que a maior frequência de visitas aos pais biológicos contribua para «desestabilizar a menina» e deixa claro que não baixou os braços.

«Vamos continuar a lutar por uma decisão que proteja de forma mais duradoura os interesses da menor». Entenda-se «uma decisão que assegure a permanência dela connosco».

«Não era preciso 90 dias»

A decisão da juíza Sílvia Pires de adiar a entrega de Esmeralda ao pai por 90 dias, de aumentar o número de visitas dos progenitores, e de substituir a equipa de pedopsiquiatras do Centro Hospitalar de Coimbra que têm feito o acompanhamento da criança também só agradou parcialmente ao advogado do pai biológico.

«Não era preciso um prazo de 90 dias», sustentou José Luís Martins em declarações ao PortugalDiário, classificando como positiva a substituição da equipa de pedopsquiatras de Coimbra que tem acompanhando a menor.

Esta equipa médica «funcionou como instância de obstaculização de entrega da criança ao pai». «A mais prejudicada por este comportamento parcialíssimo foi a menor», sustenta o causídico, que mantém a intenção de processar criminalmente a equipa de pedopsiquiatras.
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