«Gangue da Lapa»: Ministério Público evita libertação de oito

O Ministério Público deduziu acusação contra o «gangue da Lapa», Porto, evitando assim a libertação de oito presos preventivos à ordem do processo, informa agência Lusa. A acusação do processo-crime português com mais presos preventivos à sua ordem é um documento de 800 páginas.

Uma fonte ligada ao caso alertou terça-feira que os oito detidos à ordem do processo teriam de ser libertados segunda-feira se até lá o Ministério Público não avançasse com a acusação. Isto porque nenhuma pessoa pode manter-se em prisão preventiva mais do que um ano sem qualquer acusação deduzida.

Os oito detidos e mais dez arguidos deste processo são suspeitos da prática dezenas de furtos na região Norte, incluindo à casa de um jogador de futebol, entre os anos de 2005 e 2007. O grupo, constituído por rapazes muito jovens, deslocava-se habitualmente em de carros furtados e assaltava as casas pelo método de escalamento. Provocavam sempre grandes estragos, mas as polícias não recolheram indícios de que tivessem recorrido à violência sobre pessoas.

Entre Janeiro e Julho deste ano, 22 jovens igualmente associados pela PSP ao «gangue da Lapa» foram julgados por crimes similares. Quinze deles foram ilibados, dois foram condenados a penas suspensas de prisão e os cinco restantes ao pagamento de multas.