Marido de inspetora da PJ acusada de matar idosa defende mulher em tribunal - TVI

Marido de inspetora da PJ acusada de matar idosa defende mulher em tribunal

Inspectora da PJ

Marido da acusada afirma que a sua esposa «não tinha condições para conduzir o carro» no dia do crime, nem conhecia «estradas secundárias»

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O marido da inspetora da PJ acusada de matar a avó daquele, em Coimbra, em 2012, defendeu, esta segunda-feira, em tribunal a inocência da mulher, considerando que não teria condições físicas para cometer o crime.

Ouvido hoje em tribunal, o também inspetor da PJ no Porto afirmou que Ana Saltão, inspetora acusada de matar a avó do marido a 21 de novembro de 2012, «não tinha condições para conduzir o carro» do Porto a Coimbra, no dia do crime, «não sabia ir por estradas secundárias», desconhecia «as rotinas» da avó e não tinha motivações.

A inspetora, acusada de homicídio qualificado e de peculato (pelo alegado uso de arma que pertencia a colega da Judiciária), «não faria nada que a privasse da sua relação com a filha», disse Carlos Coelho, quando questionado pelo tribunal.

Apesar disso, o marido de Ana Saltão admitiu que, após o interrogatório da PJ no dia 24 de novembro, tinha ficado convencido de «que a Ana tinha matado» a sua avó, tendo partilhado essa convicção com os seus pais e tio.

A testemunha referiu ainda que «não sabia quanto dinheiro» a sua avó teria, garantindo que o casal não tinha dificuldades económicas.

A idosa, de 80 anos, foi atingida mortalmente com 14 tiros, numa residência da rua António José de Almeida, zona de Celas, em Coimbra.

Carlos Coelho disse também que «é falso» que tenha «conduzido» o inspetor da PJ para uma determinada linha de investigação, sublinhando que «a investigação terminou» na madrugada de 22 de novembro, após se ter descoberto que os 14 disparos efetuados foram a partir de uma glock de 9mm (arma apenas usada por forças policiais e militares).

Ana Saltão, inspetora da PJ desde 2005, estava de baixa médica quando ocorreu o crime, afirmando, no Tribunal de Coimbra, que passou a tarde de 21 de novembro em casa, tendo ido buscar a filha ao infantário às 19:30. Disse ainda que foi informada da morte da avó do marido por volta da meia-noite desse mesmo dia.

Questionada pelo presidente do tribunal de júri, o juiz João Ferreira, a arguida alegou ainda que os resíduos de disparos encontrados pela PJ nas mangas do seu casaco surgiram «por contaminação» e que a queimadura que apresentava na mão se deveu a um acidente enquanto cozinhava.
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