Vice-PGR: lei é «garrote» para investigação do grande crime - TVI

Vice-PGR: lei é «garrote» para investigação do grande crime

Ministro da Justiça, Alberto Costa e Pinto Monteiro, Procurador-geral da República

Mário Gomes Dias critica a lei penal no mesmo dia em que o ministro atribui as dificuldade na Justiça à área do MP

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O vice-procurador-geral da República afirma que a reforma penal de 2007 tem o efeito de «um garrote» na investigação da grande criminalidade, tornando, nalguns casos, quase «impossível» o trabalho do Ministério Público.

Mário Gomes, que falava à margem do colóquio internacional «Segurança Nacional e Direitos Fundamentais», na Assembleia da República, em Lisboa, exemplifica com a investigação à grande criminalidade:

«Em 90 por cento dos casos, as provas não estão em Portugal e nós não podemos ir aos outros países buscar os papéis», explicou Mário Gomes Dias, defendendo o fim dos paraísos ficais que «só surgiram para criar dificuldades às investigações», refere, citado pela Lusa.

O magistrado recusa comentar as declarações do ministro da Justiça, Alberto Costa, que esta sexta-feira, em entrevista ao jornal «i», afirma que as dificuldades no sector residem na área do Ministério Público, investigação e acção penal, o que difunde uma má imagem da Justiça.

Para o vice-procurador, estabelecer prazos de um ano para investigar crimes que envolvem entidades internacionais «é completamente irrealista . . . é de quem não sabe como as coisas funcionam», remata, numa alusão à reforma penal de 2007.
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