Sete anos de prisão por abusos sexuais a duas enteadas - TVI

Sete anos de prisão por abusos sexuais a duas enteadas

Detido (arquivo)

Tribunal considera provado que os abusos ocorreram durante anos

O homem conhecido como o «monstro da Graça», do bairro da Graça (Lisboa), foi condenado a sete anos de prisão por abusos sexuais continuados de duas enteadas menores, maus-tratos e violência doméstica.

Jorge Rodrigues, de 50 anos, estava a ser julgado por um crime de abuso sexual de uma criança, um crime de abuso sexual de uma adolescente, ambos na forma continuada, dois crimes de maus-tratos e do crime de violência doméstica.

Segundo a presidente do colectivo de juízes da 2.ª vara criminal do Tribunal de Lisboa, «ficaram mais que provados» todos os crimes, que no total dariam treze anos e oito meses. No entanto, o colectivo de juízes decidiu aplicar a pena efectiva de sete anos.

No entender do Tribunal ficou provado que o arguido «abusou sexualmente e de forma continuada» e «durante anos», as duas menores. M., dos «oito aos 13 anos», entre 2005 e Dezembro de 2010. A.T, «dos 14 aos 18 anos», entre 2005 e 2009.

No entender do colectivo de juízes, Jorge Rodrigues agiu «com o propósito de satisfazer os seus desejos sexuais», tendo agido «de forma livre, consciente e deliberada», aproveitando-se da «vulnerabilidade e fragilidade» das menores.

Para o Tribunal, ficou também provado, que durante todos esses anos, o arguido «infligiu maus-tratos físicos e psíquicos» às duas vítimas, além de «medo e vergonha» para que estas «não revelassem nada».

Jorge Rodrigues foi ainda acusado pelo crime de violência doméstica contra a sua companheira e mãe das menores. Não ficou provado que alguma vez o «tivesse feito, tendo usado uma arma».

A presidente do colectivo de juízes disse que Jorge Rodrigues «nunca manifestou arrependimento», tendo até, «ficado surpreendido» pelos crimes de que vinha acusado.

O arguido, que se encontra em prisão preventiva desde Janeiro, altura em que uma filha sua apresentou a queixa, foi ainda condenado ao pagamento de 20 mil euros às vítimas.
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