Centro do Funchal parece uma zona de guerra - TVI

Centro do Funchal parece uma zona de guerra

Forte contingente do exército montou um perímetro de segurança na zona em volta do centro comercial Anadia, onde ainda decorrem buscas

Um forte contingente do exército na zona circundante ao centro Comercial Anadia, no Funchal,onde as autoridades ainda procedem a buscas, impede que curiosos se aproximem do local. Ontem era a PSP que assegurava a segurança na área, mas, com a chegada dos militares que vinham a bordo da fragata Corte-Real, essa função passou a ser assegurada pelo exército. Esta manhã, eram mais os militares do que os civis nesta zona, fazendo com que a área entre a rua Fernão Ornelas e o mercado do Funchal pareça uma zona de guerra.

Mais um cadáver encontrado na Ribeira Brava

As bombas de sucção do Regimento Sapadores Bombeiros trabalharam toda a noite, para retirar a água do parque de estacionamento do centro comercial, onde esta segunda-feira os cães pisteiros detectaram odor a cadáver. A bomba de sucção do Porto de Lisboa teve pequena avaria, mas entretanto está já reparada. A existência de cadáveres no local ainda não foi confirmada pelas autoridades.

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Os militares montaram um perímetro de segurança, impedindo a circulação de veículos, excepto os que realizam operações de limpeza, e estão a verificar a integridade e segurança das pontes sobre as ribeiras do Funchal.

Duas equipas cinotécnicas da Guarda Nacional Republicana estão desde as 9h30 à entrada do túnel da Meia Légua em busca de cadáveres resultantes de uma derrocada, sábado, a partir do Pomar da Rocha.

Três elementos da Força Especial de Bombeiros vão tentar mergulhar na Marina do Funchal para buscas e outros três elementos foram para Ribeira Brava.

Médicos legistas do Continente já efectuaram 34 autópsias desde que chegaram à Madeira, , estando apenas dois cadáveres por identificar, e continuam a fazer a entrega de corpos aos familiares para que possam proceder aos funerais.

As equipas de limpeza trabalham a toda a força para restaurar a normalidade possível nas ruas da cidade.

Último balanço conta 42 vítimas mortais

O balanço mais recente foi feito esta terça-feira ao final da manhã. A Secretária Regional do Turismo, Conceição Estudante, afirmou que até ao momento foram contabilizados 42 mortos.

A responsável desmentiu ainda que tenham sido retirados seis corpos do estacionamento do Centro Comercial Anadia. E alerta para que não sejam confundidos com cadáveres alguns volumes retirados do local.

Segundo Conceição Estudante, faltam ainda inspeccionar um piso do estacionamento do Centro Comercial Anadia, dois pisos do parque do Centro Comercial Oudinot e um piso do Marina Shopping.

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O número de desaparecidos baixou para 13, já que, segundo as autoridades, algumas das pessoas contabilizadas conseguiram contactar os familiares. Em relação aos desalojados, as Secretária Regional diz que alguns conseguiram regressaram a casa, outros estão com familiares e para os restantes foi assegurado alojamento provisório.
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