Jornais «proibidos» de escreverem sobre Maddie - TVI

Jornais «proibidos» de escreverem sobre Maddie

  • Portugal Diário
  • 12 mar 2008, 11:28
Madeleine [montagem - arquivo]

McCann ameaçam com processo publicações do grupo Express Newspapers

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O grupo de media britânico Express Newspapers resolveu não escrever mais notícias sobre Madeleine McCann, após os pais avisarem que iriam processar todos os que escreveram notícias «difamatórias e grosseiras». A notícia é avançada esta quarta-feira pelo diário Jornal de Notícias (JN).

A proibição, decidida a nível das chefias editoriais, afecta todos os jornais do grupo: Daily Express, Sunday Express, Daily Star e Daily Star Sunday. Em declarações ao JN uma fonte do grupo afirmou que Gerry e Kate se sentem «ameaçados» porque os jornalistas da empresa não se limitam a escrever o que eles desejam ver escrito. «Também damos eco à investigação da Polícia portuguesa», explicou a mesma fonte que ainda acrescentou esperar que o casal «seja obrigado a responder em tribunal, sob juramento, pelo desaparecimento da filha. Talvez aí o público veja algumas questões respondidas, designadamente o que se passou na noite de 3 de Maio».

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O casal, escreve ainda o JN, já terá contratado uma firma de advogados especializada em casos de difamação. Caso os processos avancem estão envolvidos valores que rondam os quatro milhões libras (mais de 5,5 milhões de euros). O porta-voz dos McCann já terá assumido que, em caso de vitória, esse dinheiro vai reverter para o fundo Find Madeleine.

Em declarações à estação de televisão Sky News, Clarence Mitchell confirmou que os processos estão a ser analisados com os advogados, mas ressalvou que ainda não deu entrada nenhuma queixa. O porta-voz dos McCann confirmou ainda que para Gerry e Kate o grupo Express Newspapers foi o que teve o pior comportamento no acompanhamento do desaparecimento de Maddie.

Buscas regressam ao Algarve

O advogado Aragão Correia garante ter pistas de que o corpo da menina desaparecida em Maio do ano passado, na praia da Luz, se encontra na barragem do Arade, perto de Silves. Após vários mergulhos foram encontrados alguns objectos «estranhos» que levam o advogado a ver a sua convicção fundamentada, escreve o jornal Diário de Notícias (DN).

Segundo o mesmo jornal foram retirados da barragem vários fios de cordas, sacos de plástico e uma meia de rapariga que teria sido branca e pertencido a alguém oriundo do Norte da Europa ou de Inglaterra, pelo tipo de tecido.

Os detectives espanhóis, da Método 3, contratados pelos McCann, chegam esta quarta-feira ao Algarve para participar nas diligências.

Segundo o DN as buscas fazem parte de uma operação privada, custeada pelo próprio advogado Aragão Correia, com a ajuda de uma empresa algarvia, a Portimão Sociedade Portuguesa de Engenheira e Construção, dirigida por José Paias.

Sete mergulhadores de uma escola de Lagos e alguns Bombeiros Voluntários de Portimão especializados em resgate de cadáveres em águas profundas estão a participar nas buscas.

Telma Fernandes, assistente de Aragão Correia, afirmou ao DN que existem «fontes e pistas credíveis que apontam o local onde o cadáver de Maddie se encontra» e que «há 99 por cento de probabilidades de o corpo da menina se encontrar ali».

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