O caso de Portimão e a morte do homicida de Kennedy

O ministro da Administração Interna comparou esta terça-feira o caso do baleado numa esquadra de Portimão com o homicídio de Lee Harvey Oswald, o susposto assassino de John F. Kenney, à entrada para a sala de tribunal.

«Como sabem Lee Harvey Oswald foi baleado mortalmente no tribunal quando estava acompanhado por dezenas de polícias do FBI», recordou Rui Pereira numa conferência de imprensa, após ter estado presente na Comissão Permanente, na Assembleia da República, num debate agendado pelo CDS-PP.

Homem baleado em esquadra da PSP

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«O senhor Jack Ruby [que disparou sobre Oswald] foi imediatamente detido», contou ainda o ministro, comparando o caso com o que «aconteceu hoje em Portimão».

«Dois senhores entraram lá [na esquadra] para apresentarem queixa e, estando em sítios separados, um disparou sobre o outro. Imediatamente o autor dos disparos foi detido».

Na comparação, Rui Pereira explicou o que queria dizer quando recordou este pedaço da História norte-americana: «O que eu queria dizer é que não é normal o que aconteceu na esquadra de Portimão, mas não prova a ineficácia da acção policial».

«Na altura, ninguém criticou a acção policial» da força norte-americana, afirmou ainda o ministro Rui Pereira, recusando que o caso esteja relacionado com «a falta de efectivos por parte da PSP».

Hoje de manhã, um homem de 31 anos foi baleado dentro da esquadra da Polícia de Segurança Pública (PSP) de Portimão, quando estava a apresentar queixa naquela força de segurança. A vítima foi atingida, por volta do meio-dia, com vários tiros de pistola, de calibre .22, resultado de uma desavença.

O atirador disparou três tiros, um na boca e outro no tórax da vítima e depois de encetar a fuga foi detido ainda na escadaria da PSP de Portimão. Terá havido uma discussão entre dois homens e um deles foi apresentar queixa na esquadra da PSP de Portimão, onde foi surpreendido pelo agressor, relatou fonte policial.