Faro: chefes clínicos entregam lista de exigências - TVI

Faro: chefes clínicos entregam lista de exigências

  • Portugal Diário
  • 26 nov 2007, 20:28

Vinte chefes de equipa demissionários exigem colocação imediata de mais 20 camas

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Os 20 chefes de equipa demissionários do Hospital de Faro exigiram hoje a colocação imediata de mais 20 camas na unidade de medicina interna como uma das formas de combater o congestionamento do serviço de urgência, noticia a Lusa.

Numa extensa carta entregue hoje na administração, os clínicos, que se demitiram nas últimas duas semanas em cartas individuais enviadas à direcção clínica, destacam três grandes grupos de medidas para resolver os problemas das urgências.

Mais meios técnicos para as urgências

Além de proporem a transferência de doentes para os serviços de internamento, propõem ainda a constituição de equipas de medicina interna nas urgências e, por último, requerem mais meios técnicos no serviço de urgências.

A colocação de mais 20 camas no serviço de medicina interna a curto prazo é o primeiro passo para a ampliação daquela unidade, que, diz o documento de cinco páginas, precisa «no mínimo 40 camas», a juntar às 62 já existentes.

A justificar aquelas exigências, os chefes de equipa identificaram as dificuldades de transferência dos doentes das urgências para os serviços de internamento como «o problema mais importante» que leva ao congestionamento daqueles serviços.

«É a nível dos serviços de internamento que se verificam os maiores entraves à fluência dos doentes pelo circuito hospitalar a partir do SU [Serviço de Urgência]», assinalam os directores demissionários.

A permanente ausência de vagas, especialmente nos serviços de Medicina Interna, «é a causa principal de congestionamento do SU, havendo uma má distribuição das camas hospitalares pelos diferentes serviços, como se pode verificar pelas taxas de ocupação», afirmam os clínicos.

Sustentam ainda que os serviços de cuidados continuados «têm uma importância vital para a libertação de camas de um hospital de agudos», pelo que propõem «maior celeridade de saída» para a rede de cuidados continuados.

Uma fonte da direcção hospitalar disse à Lusa que para já não serão feitos comentários ao documento, que «vai ser analisado» nos próximos dias, remetendo para fase posterior eventuais comentários.
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