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Ir para Universidade pode fazer mal à saúde

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Obesidade, tabagismo e colestrol tendem a aumentar com a vida académica, diz estudo

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O sedentarismo, a obesidade, os níveis elevados de gordura no sangue e tabagismo tendem a aumentar com a ida para a Universidade. Foram as principais conclusões de um estudo que avaliou o impacto da vida académica na saúde dos estudantes, dois anos após a entrada na universidade.

A investigação, a que a Lusa teve acesso esta terça-feira, foi realizada no âmbito da tese de doutoramento de Maria Piedade Brandão, docente da Universidade de Aveiro.

Em declarações à Lusa, a investigadora considerou que as conclusões do estudo «reflectem os hábitos de vida de uma população jovem dois anos após a transição do ensino secundário para o ensino superior».

A pesquisa revelou que os alunos expostos à vida académica universitária, quando comparados com aqueles de entrada recente no Ensino Superior, apresentam uma proporção mais elevada de níveis de tabagismo (zero por cento nos não expostos para 19,3 por cento nos expostos).

«Ou seja, destes 154 alunos, aquando da entrada na universidade, nenhum fumava, no entanto, após dois anos de exposição universitária, 19,3 por cento dos indivíduos passou a fumar», sustentou a investigadora.

Maria Piedade Brandão destacou também que a proporção de dislipidemia, ou seja, a presença de níveis elevados de lípidos no sangue, também aumentou com a exposição à vida universitária (28,6 por cento nos não expostos para 44 por cento nos expostos).

O trabalho revelou ainda que os alunos que não estão expostos à vida universitária apresentaram padrões de saúde ligeiramente mais favoráveis do que aqueles que frequentam o ensino superior. Foi também encontrada uma proporção elevada de sedentarismo em ambos os grupos (79,6 por cento nos não expostos e 80,7 por cento nos expostos).
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