«Faltam dadores vivos em Portugal» - TVI

«Faltam dadores vivos em Portugal»

  • Portugal Diário
  • 29 jan 2008, 18:36
Transplante (foto de arquivo)

Alerta lançado pela Autoridade para os Serviços de Sangue e Transplantação

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A Autoridade para os Serviços de Sangue e Transplantação lançou hoje um apelo aos portugueses para que sejam dadores vivos, lembrando que, de outra forma, «nunca vão haver órgãos suficientes para todos"», informa a agência Lusa.

A recolha e transplantes de órgãos aumentaram nos últimos dois anos, mas as listas de espera não reduziram. Esta foi a principal conclusão da conferência realizada esta terça-feira em Lisboa pelo presidente da ASST, Eduardo Barroso. Na sua opinião, «nunca vão ser órgãos suficientes» para satisfazer todos os pedidos enquanto não houver um aumento de dadores vivos.

Oito hospitais autorizados a colher órgãos

A alteração da legislação portuguesa, que desde o ano passado permite que familiares e amigos sejam dadores, veio abrir uma porta que é preciso explorar, segundo o presidente da ASST. «O dador vivo é fundamental porque não há órgãos suficientes para todos. É preciso que os maridos dêem às mulheres, é preciso ver os amigos a darem aos amigos. É preciso haver solidariedade», apelou Eduardo Barroso.

Como contraponto à situação portuguesa, Eduardo Barroso lembrou o caso norte-americano: «Nos Estados Unidos fazem-se mais transplantes de dadores vivos do que de dadores cadáveres». E aproveitou para desfazer mitos, garantindo que «os dadores podem viver tanto ou mais tempo do que as outras pessoas. A selecção de dadores é feita com base em critérios muito específicos e por isso são pessoas saudáveis que têm cuidados com a saúde e passam a ter mais ainda».
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