Acidente mata informador da PJ - TVI

Acidente mata informador da PJ

  • Portugal Diário
  • 4 mar 2008, 07:44
Bruno Pidá foi detido no âmbito da operação «Noite Branca» (João Abreu Miranda/Lusa)

Noite Branca: Conduzia Ferrari na A4. Carro ficou carbonizado

Relacionados
[Actualizada às 10h30]

O condutor carbonizado ao volante de um Ferrari, segunda-feira, na A4, era um informador da PJ, que colaborou nas investigações sobre a criminalidade associada à noite do Porto, disse esta terça-feira uma fonte policial.

As primeiras informações sobre o sinistro, relatadas pela Brigada de Trânsito da Maia, indicavam a impossibilidade de identificação do condutor.

Mais tarde, foi identificado como dono de um stand no Porto, Carlos Filipe.

Maia: Ferrari completamente destruído

Noite Branca: mulher de «Pidá» inquirida

O excesso de velocidade e uma fuga de combustível poderão explicar o despiste seguido de incêndio do carro conduzido por um informador da PJ e testemunha do processo «Noite Branca», que acabou por morrer no acidente.

O despiste ocorreu na manhã de segunda-feira na A4, na zona de Ermesinde, Valongo.

«Estão a ser recolhidos indícios e ouvidas eventuais testemunhas para perceber as circunstâncias do acidente», disse, em declarações à Lusa, fonte da Brigada de Trânsito da Maia.

O acidente está a ser investigado em colaboração com a Polícia Judiciária (PJ).

A fonte explicou que se forem encontradas provas de que o carro foi mexido ou da presença de resíduos de qualquer substância que possa ter provocado a explosão do veículo, então o caso passa a ser da competência da PJ.

Em relação às características do carro, a fonte disse ser impossível dizer, por exemplo, se era recente ou não, uma vez que o mesmo ficou «completamente destruído e calcinado».

«Só foi possível perceber a marca do carro através de uma jante«, disse.

SMS supeito

O condutor foi notícia em Dezembro de 2007, altura em que o Tribunal de Instrução Criminal do Porto decretou a prisão preventiva para o alegado líder do gangue da Ribeira, Bruno Pidá, e mais três detidos no âmbito da Operação Noite Branca.

Na altura, a companheira de Bruno Pidá, Telma Sequeira, acusou «um inspector da PJ», que nomeou, de ter tentado «forjar provas» contra Pidá.

Telma Sequeira disse que recebera, três meses antes, na caixa do correio, um saco de plástico que tinha um telemóvel, onde encontrou uma mensagem de texto (SMS), que atribuiu a um inspector da Polícia Judiciária, pedindo a «uma pessoa chamada Carlos», que disse não conhecer, para arranjar «uns chavalos [rapazes] de Valbom», Gondomar, que testemunhassem contra Bruno Pidá.

O homem a que se referia era Carlos Filipe, dono do stand Finicar, informador da Polícia Judiciária e a pessoa que morreu segunda-feira ao volante de um Ferrari, na A4, confirmou uma fonte contactada pela Lusa.
Continue a ler esta notícia

Relacionados