Portugal, um país de «disparidades regionais» - TVI

Portugal, um país de «disparidades regionais»

(Foto de arquivo)

Comissária europeia para a Política Regional diz que «é preciso criar condições para que as regiões possam crescer»

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A comissária europeia para a Política Regional, Danuta Hubner, salientou esta segunda-feira, no Porto, a existência de «disparidades» que é necessário corrigir no território português, mas reconheceu o «equilíbrio» conseguido pelo Governo nos programas de desenvolvimento regional.

«O país tem disparidades e é preciso criar condições para que as regiões possam crescer», afirmou Danuta Hubner, numa conferência de imprensa integrada no programa da conferência sobre política regional que decorre esta segunda-feira no Porto.

Governo «tem conseguido um bom equilíbrio»

A comissária europeia referiu que Portugal «usa o desenvolvimento regional para promover o crescimento», reconhecendo que o Governo «tem conseguido um bom equilíbrio» entre o investimento em infra-estruturas e o que é feito para aumentar a formação dos portugueses.

No mesmo sentido, Odile Sallard, directora da OCDE para o Desenvolvimento Territorial, salientou o «empenhamento das autoridades portuguesas» na implementação de reformas para o desenvolvimento do país, mas frisou que ainda está muita coisa por fazer.

«Portugal está a andar rapidamente na implementação das políticas, mas é preciso que continue nesse caminho para que possam ser visíveis os resultados», alertou.

Para o ministro português do Ambiente e Ordenamento do Território, Nunes Correia, o Governo está atento a este problema e tem como objectivo promover o desenvolvimento de todas as regiões do país.

«O Governo não está a deixar ninguém para trás», assegurou, recordando que 92 por cento dos fundos comunitários já aprovados no âmbito do QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional) «são destinados às regiões de convergência», ou seja, as mais atrasadas.

As recomendações da OCDE

O estudo da OCDE sobre as políticas territoriais e de desenvolvimento regional em Portugal, divulgado no Porto avança com algumas recomendações ao Governo, entre as quais se destaca a necessidade de privilegiar os incentivos ao desenvolvimento em detrimento dos subsídios às regiões mais desfavorecidas.

Por outro lado, a OCDE também recomenda ao Governo português que aposte mais na qualificação dos portugueses, na valorização do potencial humano de cada região, e menos no apoio à construção de infra-estruturas e equipamentos.
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