Farmácias já vendem medicamentos mais baratos - TVI

Farmácias já vendem medicamentos mais baratos

  • Portugal Diário
  • 9 fev 2007, 13:15

Redução de 6 por cento em remédios comparticipados entrou em vigor

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Os medicamentos com os preços mais baixos já começaram a ser introduzidos nas farmácias, que se queixam do curto prazo para o escoamento dos remédios com os preços antigos, disseram à agência Lusa fontes farmacêuticas.

Desde o dia 1 de Fevereiro está em vigor a alteração dos escalões de comparticipações do Estado no preço do medicamento, bem como a redução de seis por cento dos preços de venda ao público dos remédios comparticipados.

Oito dias passados sobre estas alterações alguns medicamentos já foram postos à venda com os preços novos, mas as farmácias não conseguem ainda verificar se para o consumidor representam um acréscimo ou diminuição de custos.

De acordo com a Associação de Grossistas de Produtos Químicos e Farmacêuticos (Groquifar), os medicamentos de maior rotação, ou seja os mais vendidos, já estão a entrar com preços novos nas farmácias.

Estes medicamentos, que são repostas praticamente todas as semanas, são sobretudo para tratamento de doenças crónicas.

De acordo com uma fonte da Groquifar, contactada pela Lusa, também os medicamentos sazonais, no caso para doenças respiratórias com gripes e constipações, estão a ter um «escoamento forte», dada a altura do ano.

A directora clínica da farmácia Rebocho, em Lisboa, contactada pela Lusa, confirmou que passados oito dias já tem vários medicamentos à venda com novos preços.

Natália Monteiro Rebocho deu como exemplo um medicamento antidepressivo «Socian» que custava 31,82 e passou a custar 29,91 e o «Pantoc», para o tratamento de úlceras, que foi alterado de 44,74 para 42,06.

Na sequência da alteração dos preços dos medicamentos, foi dado um prazo de dois meses para os grossistas escoarem os medicamentos com o preço antigo, mas as farmácias não têm qualquer prazo para os escoarem, de acordo com a Associação Nacional de Farmácias.

Contudo, os farmacêuticos contactados pela Lusa pensam que o prazo de dois meses que lhes diz respeito é «muito insuficiente».

As alterações no preço dos medicamentos e das comparticipações vão permitir aos doentes poupar 13 milhões de euros e ao Estado encaixar 115 milhões de euros, em 12 meses, segundo as contas do Instituto Nacional da Farmácia e do Medicamento (Infarmed).

De acordo com dados do Infarmed, no regime especial, que corresponde a cerca de 54 por cento das vendas do Serviço Nacional de Saúde, a poupança para o doente é de quatro milhões de euros e para o Estado de 66 milhões de euros.

No regime geral os doentes vão pagar menos nove milhões de euros e o estado 49 milhões de euros.
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