O colectivo de juízes do Tribunal de Peniche condenou os dois militares do posto local da GNR a, respectivamente, oito anos e seis meses e sete anos de prisão pelo crime de tráfico de droga agravado, informa a agência Lusa.
O cabo Albertino Félix (51 anos) foi condenado a uma pena de oito anos e seis meses de prisão, por se esperar uma «atitude mais responsável», já que era o mais velho e o superior hierárquico do soldado Manuel Tavares (31 anos), condenado a sete anos de prisão.
«Os factos que praticaram foram muito graves», disse Paulo Coelho, presidente do colectivo de juízes, que diferenciou as penas tendo em conta a responsabilidade acrescida do cabo, além da confissão parcial dos factos, por vezes relatados de forma «inverosímil», pois «não confessou as circunstâncias concretas da venda da droga» e não indicou «o local onde tinha o dinheiro».
O tribunal considerou como agravante a conduta repreensível face ao exercício de funções na GNR, afastando-os durante cinco anos do cargo.
Segundo o colectivo de juízes, «não se pode concluir que a culpa de Manuel Tavares seja menor de Albertino Félix», já que o crime foi praticado em co-autoria, ainda que o soldado se tenha apenas limitado a conduzir a viatura da patrulha até ao local onde foi feita a apreensão do fardo de cocaína dado à costa e ter concordado desviar 4,4 dos 20 quilos nele contidos.
«Nada se sabe em relação ao destino da droga», disse o juiz, considerando que em relação ao valor da venda poderia atingir os 100 mil euros ou os 220 mil junto do consumidor final.
O caso reporta-se a 19 de Outubro de 2006, quando os dois guardas integraram a patrulha que tinha sido destacada para a praia da Consolação, com a finalidade de apreender um fardo com 20 quilos de cocaína, do qual os dois militares extraíram 4,4 quilos, que seriam suficientes para confeccionar 14.750 doses
GNR condenados por tráfico de droga
- Portugal Diário
- 2 nov 2007, 21:01
Militares do posto de Peniche vão cumprir vários anos de prisão
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