Casa Pia: trabalhadores apoiam direcção

A Associação de Trabalhadores da Casa Pia considerou esta quinta-feira «correcta» a actuação da administração da instituição e do Ministério da tutela quanto à abertura de dois processos disciplinares e suspensão de um educador do Lar Cruz Filipe, refere a Lusa.

O presidente da associação, Marcelino Marques, afirmou concordar com a «conduta» da direcção da Casa Pia de Lisboa e do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social relativamente ao assunto.

Um educador da Casa Pia foi quarta-feira suspenso, estando a decorrer um processo disciplinar administrativo, disse o gabinete do ministro do Trabalho e da Solidariedade Social.

O despacho que determina a suspensão do funcionário, cujo motivo «se prende com o não cumprimento de práticas determinadas pela Casa Pia de Lisboa», nomeadamente por «falta de vigilância de alguns alunos», foi assinado pelo ministro Vieira da Silva.

Foi ainda aberto um processo disciplinar, mas sem suspensão, a uma educadora do mesmo lar.

«A intervenção da direcção da Casa Pia e da tutela foi correcta, porque se há indícios de más práticas é necessário investigar», disse o presidente da Associação de Trabalhadores da Casa Pia.

Marcelino Marques deseja agora que «os processos disciplinares sigam os seus trâmites e que os trabalhadores se possam defender e, se houver matéria para serem condenados, que o sejam fortemente».

«Somos 1.400 funcionários na Casa Pia e o nosso bom nome tem de ser preservado. Somos os primeiros interessados em que haja averiguações», acrescentou.

«Se houve situações anómalas devem ser denunciadas e os infractores devem ser castigados», frisou ainda Marcelino Marques.