Dezenas de vigilantes concentrados no aeroporto do Porto - TVI

Dezenas de vigilantes concentrados no aeroporto do Porto

Prosegur Activa

Prosegur perdeu o concurso para a Secutiras e dirigente sindical avisa que pode vir aí um despedimento colectivo

Dezenas de vigilantes aeroportuários da Prosegur concentraram-se esta noite junto ao terminal de partidas do aeroporto do Porto para protestar contra a extinção dos seus postos de trabalho na empresa que responde ser este um «processo normal de transição».

«O objectivo é mesmo conseguir os nossos postos de trabalho. A acção de luta vai continuar e vamos ver até onde [a Prosegur] está disposta a ir», garantiu à Lusa Dulce Teixeira, delegada sindical da Prosegur naquele aeroporto.

O posto de trabalho de cerca de 160 trabalhadores daquela empresa no aeroporto do Porto extinguiu-se esta noite, pelas 00h00, depois de a Prosegur ter perdido o concurso (de colocação de seguranças naquele espaço) para a Securitas.

O momento foi vivido com grande emoção pelos trabalhadores presentes, que no local se cruzaram com os novos seguranças da Securitas, que pelas 00h00 deram início às suas funções.

A delegada sindical contou ainda que durante a tarde os trabalhadores foram informados pela Prosegur que iriam receber uma notificação de que estão dispensados, mas continuarão a ser remunerados.

«Neste momento corremos o risco de ir para casa e receber o salário base sem saber onde vamos ser colocados», lamentou a delegada sindical, frisando haver ainda a hipótese de «despedimento colectivo».

A 26 de Maio, os trabalhadores receberam uma carta da Prosegur informando da situação e indicando que a empresa aceitava «prescindir do aviso prévio de denúncia/demissão».

« Houve quem se despedisse porque não estava a aguentar a pressão. O clima que se vive não dá muitas alternativas», lamentou Dulce Teixeira.

Presente no local esteve também um representante da direcção da Prosegur, que assegurou à Lusa ser este um «processo normal de transição» que faz parte «da dinâmica das empresas» que vivem «em sã concorrência».

Eduardo Oliveira Soares explicou que «tudo foi transmitido» aos trabalhadores e que «todos foram contactados nominalmente», tendo sido «enviado um telegrama a transmitir tranquilidade».

«Esta situação já era conhecida e tentamos resolver com bom senso e tranquilidade. Defendemos até à última os interesses dos trabalhadores», destacou.
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