Pais de alunos contestam transferência para escola vizinha - TVI

Pais de alunos contestam transferência para escola vizinha

Fundão: crianças faltaram ao primeiro dia de aulas, ao compareceram na escola que fechou em vez de se apresentarem na de acolhimento

Relacionados
A contestação no arranque do ano lectivo, que começa em força na próxima segunda-feira, não pára. Dez crianças acompanhadas pelos pais concentraram-se, esta sexta-feira, à porta da escola de Póvoa da Atalaia, no Fundão, em protesto contra o encerramento do estabelecimento de ensino. No primeiro dia de aulas, compareceram na escola que fechou em vez de se apresentarem na escola de acolhimento, na aldeia vizinha de Atalaia do Campo, a cerca de um quilómetro. Há quem fale em rivalidades entre freguesias, o certo é que as crianças faltaram ao primeiro de aulas.

De acordo com a Lusa, os pais querem ver cumprido o que dizem estar no papel, ou seja, que a escola que encerra este ano seja a da aldeia vizinha. Caso contrário, querem matricular os filhos noutra freguesia mais afastada, mas o pedido tem sido negado pelo Agrupamento de Escola Serra da Gardunha.

«Temos aqui uma folha da Direcção Regional de Educação do Centro (DREC) em que aparece a Atalaia do Campo como encerrada», destacou à Lusa Carlos Fernandes, pai de uma das crianças da Póvoa da Atalaia. Carlos Fernandes referiu que a listagem da DREC é uma prova das contradições do processo que querem ver clarificado.

Para Anabela Carvalho, mãe de outra criança, a questão é simples: «A nossa escola funcionava e agora abrem aquela que era sala de apoio. Nunca nos deram nada e agora ainda nos levam a escola», lamentou.

Nem o facto de as duas escolas estarem separadas só por algumas ruas leva os pais a aceitar que seja a Póvoa da Atalaia a deixar de ter aulas. O edifício passa este ano a receber apenas um jardim-de-infância e juntamente com a Atalaia do Campo passam a ter a designação única de Escola das Atalaias, que também não agrada aos pais.

Como forma de protesto, os pais recusam-se a levar as crianças para a aldeia vizinha e preferem fazer pelo menos oito quilómetros e inscrevê-las na freguesia da Orca. «Nós não pedimos nada a ninguém, nem transporte. Só queremos que nos deixem escolher», acrescentou Gabriela Vinagre, mãe de outra criança.

Cândida Brito, directora do agrupamento de escolas, garantiu à Lusa que as mudanças já eram conhecidas, foram acordadas com as juntas de freguesia e que não há alterações de fundo, dada a proximidade das aldeias.
Continue a ler esta notícia

Relacionados