A paralisação convocada pelas empresas de transportes de mercadorias iniciou-se às 00:00 desta segunda-feira com fraca adesão, mas, à medida que as horas foram passando, aumentou o número de camiões parados e registaram-se vários incidentes, noticias a Lusa.
A paralisação iniciou-se com uma fraca adesão nos principais pontos de saída no país: nas pontes internacionais de Valença e do Guadiana a paralisação era praticamente imperceptível e na fronteira de Vilar Formoso a noite foi calma.
Com o avançar da noite terminou uma reunião de mais de seis horas entre o Governo e as associações representativas das empresas de transportes de mercadorias.
Não houve consenso quanto à redução do preço dos combustíveis reivindicada pelas associações, devido às «actuais directivas europeias», justificou o ministro dos Transportes, António Mendonça.
O Governo negou também os subsídios solicitados, considerando-os «absolutamente incomportáveis, porque exigiriam milhões de euros dos contribuintes e não tem sentido na situação actual em que são exigidos sacrifícios aos portugueses».
No entanto, houve o acordo quanto à revisão da legislação laboral aplicável ao sector e relativamente à redução dos preços das portagens nas SCUT, as restantes reivindicações colocadas na mesa pelas associações transportadoras.
Uma criança ferida
Com o avançar da manhã, a GNR registou vários apedrejamentos a camiões, na paralisação das transportadoras, com a situação mais grave a acontecer na A23 (que liga Torres Novas e a Guarda), onde uma criança ficou ferida e foi levada para o hospital.
A GNR registou durante a madrugada <="">«apedrejamentos» a partir de viadutos a camiões que seguiam em circulação nas vias rápidas IC2, A1, A2, A17 e A23 e várias pessoas foram «identificadas».
Com o avançar do dia, uma centena de camiões concentravam-se na Maia, dezenas em Évora e na zona do Carregado e da Azambuja muitas empresas deram ordenas aos seus camionistas para esperarem.
Na mesma zona os incidentes intensificaram-se: um camião foi apedrejado e a outro cortaram os tubos do combustível.
Incidentes no IC2
Já em Leiria, dezenas de camionistas decidiram
ocupar o IC2
em Barracão, obrigando todos os outros condutores de camiões a parar, depois de a GNR ter obrigado os camiões estacionados nas bermas das estradas a circularem.
No IC2, um dos camionistas foi levado pela GNR, alegadamente para ser identificado, o que motivou troca de empurrões entre os militares e os manifestantes.
Também do lado do ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, disse que o Governo não está em condições de «baixar os impostos seja a quem for», recusando isentar um grupo sócio-profissional dos sacrifícios que está a pedir a «todos os portugueses».
O protesto começa a paralisar obras públicas e a obrigar operadores logísticos a antecipar as entregas previstas para esta semana.
Camionistas: incidentes um pouco por todo o país
- tvi24
- 14 mar 2011, 19:03
Há registo de apedrejamentos, ocupação do IC2 e troca de empurrões com a GNR
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