PSP encaminha vítimas para gabinetes da APAV - TVI

PSP encaminha vítimas para gabinetes da APAV

  • Portugal Diário
  • 23 abr 2007, 18:34

Protocolo permite sinalização dos crimes e apoio psicológico e jurídico

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As vítimas de crime que apresentem queixa na PSP vão passar a ser encaminhadas para um dos gabinetes da Associação de Apoio à Vítima (APAV), onde receberão apoio psicológico e jurídico, segundo um protocolo assinado esta segunda-feira, noticia a Lusa.

Esta colaboração entre a PSP e a APAV, no âmbito das vítimas de crime, terá especial incidência nas crianças e jovens, pessoas idosas, imigrantes, vítimas de violência doméstica e sexual e de discriminação racial, étnica, religiosa ou sexual.

Ao abrigo do protocolo, será criado um sistema de sinalização das vítimas de crime atendidas pela PSP, que serão depois encaminhadas para a rede nacional de Gabinetes de Apoio à Vítima da APAV, noticia a Lusa.

O acordo prevê ainda a criação de modelos de boas práticas no encaminhamento subsequente ao atendimento policial de vítimas de crime.

A colaboração da PSP em acções e projectos da APAV e vice-versa, assim como a possibilidade de apoio técnico, são outras medidas previstas.

Em 2006, a Associação de Apoio à Vítima (APAV) registou um total de 22 casos de homicídio ou tentativa de homicídio contra mulheres e mais de 13 mil crimes de violência doméstica.

Cerca de 30 por cento das vítimas de homicídio ou tentativa de homicídio residiam no concelho de Cascais, mas também Sintra, Porto e Vila Nova de Gaia registaram valores na ordem dos nove por cento.

Cerca de 86 por cento foram crimes de violência doméstica

Segundo os dados da associação, de um total de 15.758 crimes registados, cerca de 86 por cento foram crimes de violência doméstica.

Em termos de faixa etária das vítimas, destacavam-se as idades compreendidas entre os 26 e os 45 anos (33,9 por cento) e no caso dos autores de crime, estes situavam-se maioritariamente entre os 26 e os 55 anos de idade (37,9 por cento).

Em termos percentuais, as vítimas casadas representavam mais de 50 por cento do total das vítimas de violência doméstica, o mesmo se verificou relativamente aos autores de crimes (59,4 por cento) referenciados na APAV no ano de 2006.
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