Ourivesaria:PJ apanha assaltantes - TVI

Ourivesaria:PJ apanha assaltantes

Tiroteio em assalto a ourivesaria (FERNANDO MARTINS / LUSA)

Viana do Castelo: troca de tiros após assalto a duas ourivesarias fez cinco feridos de imediato: quatro civis e um agente da PSP. Polícia montou barreira, mas homens conseguiram escaparam. Foram perseguidos, sendo quem após novo tiroteio, dois foram detidos pela PJ, um morreu e outro encontra-se em estado crítico

Relacionados
[Actualizado às 19h30]

O Museu de Ourivesaria Tradicional e outra ourivesaria em Viana do Castelo foram assaltadas, esta quinta-feira cerca das 10h da manhã, tendo havido troca de tiros com a polícia do qual resultaram cinco feridos, tendo sido imediatamente transportados para o Hospital de Viana do Castelo. Fonte do gabinete de imprensa do hospital disse ao PortugalDiário que «um tinha apenas um ataque de ansiedade e quatro tinham sido baleados. Dois deles já receberam alta e agente da PSP está em avaliação, sendo que aparentemente não tem lesões internas, encontra-se «estável» e «terá alta nas próximas horas».

Uma outra pessoa, está em estado grave, tem uma lesão toráxica e suspeita de lesão neurológica. Devido à gravidade das lesões foi transferido». Tratava-se de um transeante que estava numa paragem de autocarro e, segundo o comandante da PSP de Viana do Castelo, «poderá ficar tetraplégico».

Segundo informação confirmada por fonte oficial do Hospital S. João ao PDiário, uma pessoa foi transportada para esta unidade, vinda do Hospital da Trofa e suspeita-se que seja um dos assaltantes. Foi baleado na cabeça e transportado para a unidade de cuidados intensivos. Encontra-se em estado crítico.

O intendente Martins Cruz, comandante da PSP de Viana do Castelo, disse ao PortugalDiário que depois do assalto, as forças policiais perseguiram os assaltantes, todos da região do Vale do Ave. Nesta perseguição, um dos suspeitos morreu e dois foram detidos pela PJ de Braga, por isso estão a ser interrogados.

Existe, porém, uma grande confusão com a existência de feridos. Aliás, uma outra pessoa deu entrada no Hospital de Santo Tirso, também baleado, mas não terá qualquer relacionamento com este caso.

Assalto violento

Quatro pessoas, encapuçadas e fortemente armadas, assaltaram primeiro a ourivesaria Freitas, centro de Viana do Castelo, seguindo depois para o Museu de Ourivesaria, aberto há pouco mais de um mês. Os assaltantes, ao ver barrada a saída do estabelecimento, iniciaram um tiroteio com os agentes da polícia do qual resultaram quatro feridos, um agente da PSP e três civis. Um outro agente ainda apanhhou com um estilhaço de bala no ombro, mas sem gravidade, sendo que nem se deslocou ao hospital.

No exterior do Museu de Ourivesaria a PSP montou uma barreira para impedir a passagem dos assaltantes, mas os homens bateram contra a estrutura e seguiram em contramão. De seguida incendiaram o Mercedes preto em que seguiam e roubaram outra viatura.

Durante a fuga, os assaltantes deixaram cair vários artigos roubados, que foram recolhidos pela PSP.

Elogios à acção da polícia

O presidente da Câmara de Viana do Castelo, Defensor Moura, considerou que a polícia reagiu «bastante bem e a prova é que foi atrás deles e dois já foram apanhados».

O autarca não manifestou estranheza por acontecer uma situação destas numa altura em que foi reforçada a segurança em Viana do Castelo para a reunião informal dos ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia, sexta-feira e sábado, embora reconheça tratar-se de uma situação fora do normal.

«É uma cidade bastante tranquila. Não temos praticamente assaltos à mão armada aqui, mas uma exposição ostensiva de ouro como aquela contribui para atrair a atenção de quem é amigo do alheio», considerou.

Menos satisfeito ficou o proprietário da ourivesaria: «Andei 50 anos a reunir esta colecção para a mostrar aos vianenses e ao país e não a vendia por um milhão de euros", afirmou Manuel Freitas. Além das peças da colecção, os assaltantes levaram objectos em ouro e relógios no valor de 500 mil euros.

Diz, ainda assim, ter esperança em recuperar as valiosas peças do Museu, que construiu para servir a cidade e o turismo, mas não compreende como é possível que os «ladrões actuem à vontade, numa altura em que a cidade está cheia de polícias». «Sem garantias, e mesmo que consiga reaver as peças, não abro mais isto», frisou.
Continue a ler esta notícia

Relacionados