Polícias convidam Sócrates «a vestir a farda» - TVI

Polícias convidam Sócrates «a vestir a farda»

Manifestação da PSP

Agentes concentraram-se à porta da residência do primeiro-ministro apelando à «boa vontade política»

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A residência oficial do primeiro-ministro, em Lisboa, foi, esta quinta-feira, palco de uma concentração de profissionais da Polícia de Segurança Pública, com o objectivo de alertar para as «desigualdades» da proposta do novo estatuto da PSP, exigindo «boa vontade política», segundo informação da Agência Lusa.

De acordo com o presidente do Sindicato Unificado da PSP (SUP/PSP), Peixoto Rodrigues, «o propósito desta vigília é sensibilizar o senhor primeiro-ministro, José Sócrates, para os problemas que se vivem hoje entre os profissionais da Polícia de Segurança Pública, nomeadamente para as grandes desigualdades que o estatuto que nos foi apresentado traz».

Cerca de 20 agentes que compuseram a manifestação, inovaram na forma de protesto, apresentando, além das tradicionais faixas, um manequim fardado à PSP juntamente com uma placa que tinha escrito «750 euros», o valor que um polícia ganha com todos os riscos que corre no combate à criminalidade.

«Convidamos o senhor primeiro-ministro, de forma respeitosa, a vestir a farda durante algum tempo para sentir as dificuldades que temos no combate à criminalidade, muitas vezes pondo em risco a nossa vida», disse Peixoto Rodrigues.

Os sindicatos exigem que o Governo tenha em atenção as necessidades da PSP. «No nosso entender, os profissionais da PSP devem aposentar-se aos 55 anos de idade com 36 anos de serviço e consideramos que a Lei 12/A, referente aos Vínculos, Carreiras e Remunerações da Função Pública onde o Ministério da Administração Interna nos incluiu, é altamente prejudicial em termos de progressão de carreira, sendo altamente bloqueadora», alegou o presidente do SUP/PSP.

Sindicato quer ajudar polícias homossexuais

Peixoto Rodrigues considera que «tem havido um diálogo franco com os sindicatos». «Mas uma coisa temos a certeza: o senhor ministro quer dialogar e aceitar as propostas desde que as propostas que o Ministério apresenta sejam as que vigoram para o estatuto e é esta a nossa grande luta», concluiu o dirigente sindical.
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