Cancros do aparelho respiratório matam 3600 portugueses por ano

Os cancros do aparelho respiratório causam mais de 3600 óbitos por ano e está nas mãos de cada um reduzir um dos factores piores para estas doenças, o tabaco.

A propósito do Dia Nacional do Não Fumador, que se assinala esta terça-feira, o presidente do Observatório das Doenças Respiratórias disse à agência Lusa que, em relação a estas doenças, de uma forma geral, «a tendência não é decrescente», devido a factores como a poluição atmosférica.

Segundo Artur Teles de Araújo, «há um conjunto de agressões do pulmão que faz com que as doenças respiratórias crónicas tenham tendência a aumentar nas próximas décadas».

Entre as doenças respiratórias relacionadas com o tabaco, o cancro do pulmão «continua a ser muito frequente e é um dos mais mortíferos», mas o cancro da laringe também está incluído neste grupo de doenças.

Os cancros do aparelho respiratório vão «atingir números que ultrapassam 3600 óbitos por ano», alertou Teles de Araújo.

O presidente do Observatório salientou que «existem mais de meio milhão de portugueses que têm doença pulmonar obstrutiva crónica, na maioria dos casos relacionada com o tabaco». «De facto, o tabaco é o inimigo do pulmão em relação a estas doenças, que são muito frequentes e com uma grande mortalidade», acrescentou.

Porém, «está muito nas nossas mãos reduzir esse factor [o tabaco], que é um dos piores para as doenças respiratórias», realçou.

O tabagismo é o principal factor de risco para o cancro do pulmão. Em Portugal, estima-se a incidência deste tumor em 41,19 por 100 000 habitantes no homem e de 11,04 por 100 000 habitantes na mulher.